Introdução: O transplante renal é considerado hoje a melhor alternativa terapêutica para crianças com doença renal crônica (DRC) em último estágio, sabendo-se que traz inúmeros benefícios em relação à qualidade de vida, bem-estar psicológico e aumento da expectativa de vida nestes pacientes. Entre as morbidades encontradas nestas crianças, destaca-se o déficit pondero-estatural. Existe um número crescente de estudos determinados a encontrar a melhor forma de contornar este problema. Objetivos: Este artigo tem como objetivo realizar uma revisão bibliográfica, acerca do transplante renal na faixa etária pediátrica e sua relação com o ganho estatural desses pacientes, abordando suas indicações e contraindicações, assim como a doença renal crônica e o crescimento infantil. Metodologia: As buscas bibliográficas foram realizadas nas bases de dados internacionais, por meio dos descritores "kidney transplant", "pediatric", "growth" e "height". Foram encontrados 322 artigos publicados entre os anos 1970 e 2021 e depois, selecionados 22 textos de acordo com o grau de relevância para a produção científica, conforme objetivos estabelecidos. Resultados: Na totalidade dos artigos selecionados, o transplante de rim foi indicado como a principal terapia substitutiva para crianças com doença renal crônica e a que mais traz vantagens em relação ao crescimento desses pacientes. Os melhores resultados foram obtidos, quando realizado transplante renal preemptivo, precedido de terapia hormonal com GnRH, de forma mais precoce possível, a fim de contornar as consequências deletérias da doença renal crônica e outras modalidades de terapia. Conclusão: É possível concluir que o transplante renal em crianças foi destacado como a terapêutica com melhor resultado no catch up de renais crônicos. Além disso, apresenta resultados otimizados quando realizado em crianças mais jovens, com diagnóstico recente, previamente à realização de outras terapias e quando o déficit pondero-estatural for o menor possível, associado ainda à terapia com GnRH.
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