Objetivou-se com esta revisão abordar os principais fatores que afetam as características morfogênicas e estruturais de plantas forrageiras. Dentro do sistema agropecuário brasileiro, predomina-se a criação de animais a pasto. Devido às condições favoráveis do território nacional, é possível produzir diversas espécies de plantas forrageiras. Neste sentido, o entendimento do comportamento do ecossistema de forragem frente às variações dos recursos naturais se torna uma ferramenta capaz de auxiliar na elaboração de metas de manejo sustentáveis. A morfogênese é utilizada para mensurar o aparecimento e expansão dos órgãos vegetais através do fluxo de tecidos que ocorrem dentro do dossel forrageiro. De maneira geral, as características estruturais de um dossel forrageiro dependem das características morfogênicas da espécie, que são determinadas geneticamente. No entanto, essas caraterísticas sofrem influência direta de fatores abióticos e bióticos que alteram o padrão de crescimento dessas plantas. Ademais, através da avaliação dos processos morfogenéticos envolvidos no ecossistema de pastagem, é possível elaborar metas de manejo sustentável do dossel forrageiro, contribuindo para elevar a produtividade dos sistemas agropecuários do Brasil.
A ensilagem é o principal processo de conservação de forragem, sendo bastante utilizada em períodos de baixa oferta de massa forrageira no pasto ou em sistemas mais intensivos da produção animal. Diversos fatores afetam a qualidade da silagem, tanto no momento da colheita quanto no período de armazenagem e abertura do silo, podendo ocasionar redução da qualidade nutritiva. Na conservação das forrageiras, é fundamental controlar as perdas de matéria seca para que teor nutritivo não reduza drasticamente. Há ainda outras perdas em forma de efluentes, que são produzidos por excesso de umidade; as perdas em forma de gases que são resultantes das reações fermentativas, produzindo dióxido de carbono na qual interfere diretamente na qualidade nutricional. Uma das maneiras de reduzir as perdas é a utilização de aditivos no processo da ensilagem, pois promoverá um ambiente adequado para produção do ácido lático e inibirá o crescimento de microrganismos deteriorantes. Desta forma, é evidente a importância de conhecer as perdas que estão relacionadas no processo da ensilagem, a fim de minimizá-las e obter como resultado uma silagem apropriada para o uso no sistema de produção animal.
As mudanças climáticas aumentam a vulnerabilidade da produção agrícola, principalmente por proporcionarem estresse às plantas. Dessa forma, objetivou apresentar os fatores limitantes ao desenvolvimento de plantas forrageiras e como esses indivíduos respondem em situações de estresse. Os fatores que estão ligados ao desenvolvimento, e consequentemente a produção vegetal, são: água, luz, temperatura, solo e nutrientes. Cada um desses fatores atua de forma diferente nas plantas, desde os processos metabólicos até a produtividade da massa vegetal. Dessa forma, para que as plantas se desenvolvam eficientemente, esses fatores devem atuar dentro de uma faixa que permita a realização de suas funções básicas de crescimento e desenvolvimento. No entanto, caso um desses fatores de crescimento esteja atuando de forma negativa, ou seja, não esteja dentro do nível adequado de que o vegetal necessita, ele tem o potencial de submeter as plantas a condições de estresse, dependendo da sua intensidade e duração sobre a planta. Os fatores de crescimento influenciam diretamente nas características morfogênicas, e, consequentemente, nas características estruturais e no manejo do pastejo, este último é também considerado um fator limitante no desenvolvimento das plantas, devido a sua importância para a produção animal, em que se busca um equilíbrio entre a produtividade animal e vegetal. Portanto, para realizar um manejo da pastagem e do pastejo de forma eficiente e sustentável é necessário entender como as plantas são influenciadas pelos fatores abióticos, que estão ligadas ao seu desenvolvimento e como se comportam em situações de estresse.
Objetiva-se com esta revisão abordar as práticas de manejo do vaso forrageiro e seus efeitos sob o acúmulo de forragem, valor nutricional e desempenho animal. A principal limitação da produção de animal a pasto, no Brasil, é o manejo de pastagens. Com o manejo inadequado é a existência de áreas de comumgradas e, consequentemente, uma redução na produtividade animal. No entanto, a utilização da pastagem de modo adequado pode possibilitar ganhos aos sistemas produtivos. Nesse contexto, as estratégias de utilização de pastagens foram elaboradas com o intuito de produção de forma possível com valor nutricional, favorecendo a maior produtividade animal. Essas estratégias de condução são elaboradas pois as pesquisas são feitas para todo o planejamento individual que com o pasto, desde o produto. Assim, é crucial conhecer as características morfofisiológicas de plantasrageiras, pois cada mudança de ecossistema (clima, espécie animal, estrutura da planta) irá refletir no desenvolvimento do dossel. Saber como cada um dos fatores se comporta é essencial para que eles tenham atingido uma maior produção de forragem com níveis nutricionais suficientes para que não haja danos na produção animal, nem os danos à pastagem que compõe o sistema forrageiro.
The objective of this study was to evaluate the forage mass, morphogenetic and structural characteristics, and nutritional value of tropical forage grasses in semiarid conditions. Nine grasses were evaluated, namely, three cultivars of Urochloa brizantha (Marandu, MG4, and Piatã); Urochloa decumbens cv. Basilisk; Urochloa humidicola cv. Llanero; Urochloa ruziziensis cv. Kennedy; and three cultivars of Megathyrsus maximum (Massai, Mombaça, and Tanzania). The experiment was laid out in a randomized complete block design in a split-plot arrangement in which the main factor were the grass cultivars and the secondary factor the seasons, with five replications per treatment. The statistical model included the fixed effect of treatment (grass), whereas the season was included as a random effect within treatments. Urochloa brizantha cvs. Marandu, MG4, and Piatã and Urochloa decumbens cv. Basilisk produced on average 858 kg ha-1 more forage mass than cvs. Kennedy and Basilisk. Megathyrsus maximum cv. Mombaça produced 40% more forage mass than the other cultivars of M. maximum (4205 vs. 3001 kg ha-1). Urochloa ruziziensis cv. Kennedy showed the lowest water use efficiency (36%). Urochloa ruziziensis cv. Kennedy exhibited the lowest leaf weight among the Urochloa cultivars (740 vs. 1319 kg ha-1). There was no treatment effect for leaf weight in the M. maximum cultivars. Urochloa ruziziensis cv. Kennedy showed the highest values of total digestible nutrients and dry matter digestibility (1.84 and 2.34%, respectively) among the other Urochloa cultivars. The M. maximum cultivars showed little differences in nutritional values. Cultivars Marandu, Piatã, and Massai exhibited better productive responses in the edaphoclimatic conditions of this study. However, future studies must be conducted evaluating the adaptation of the forage grass under semiarid conditions. Considering the settings of this study, the grasses Urochloa brizantha cvs. MG4, Marandu, and Piatã, as well as Megathyrsus maximum cvs. Massai and Mombaça, can be used in the semiarid condition.
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