Resumo: Resumo: Resumo: Resumo: Resumo: O movimento de ecovilas representa uma alternativa de organização social de baixo impacto sobre os componentes naturais e de novos valores condizentes com o bem-estar de vida social. O movimento ecofeminista, por sua vez, sustenta que a defesa do meio ambiente constitui parte essencial do movimento feminista. Esta pesquisa investiga se, na organização e dinâmica da ecovila, os princípios do ecofeminismo estão presentes e se contribuem para a sustentabilidade ambiental da comunidade nas dimensões social, econômica e dos componentes naturais. Para efetuar esta avaliação, tomou-se como base empírica a Ecovila deO discurso da sustentabilidade do meio ambiente tem se tornado hegemônico, permeando desde mentes altruístas em defesa da conservação da natureza e da melhoria das condições de vida humana até aquelas que se utilizam desse mesmo discurso para se mostrarem simpáticas à opinião pública e, dessa forma, tirar proveitos próprios. O certo é que organismos internacionais constatam que é grande e crescente o número de pessoas, movimentos, empresas e governos que buscam alternativas de atuação em conformidade com a sustentabilidade em suas diversas dimensões, resultantes dos movimentos de reformas sociais e políticas que, nas déca-das de 1960 e 1970, questionaram as bases que sustentam a sociedade atual.1 São movimentos que estão fazendo 1 Muhammad YUNUS et al., 2010. 12 Estudos Feministas, Florianópolis, 23(1): 11-34, janeiro-abril/2015 BÁRBARA NASCIMENTO FLORES E SALVADOR DAL POZZO TREVIZAN nascer um novo paradigma de organização social frente aos problemas ambientais. Argumenta-se 2 que tais mudanças seriam o prenúncio de uma ética de abandono da perspectiva antropocêntrica, em favor de uma perspectiva global e sistêmica, na busca de valores mais integrativos, como cuidado, cooperação e conservação, os quais, no paradigma dominante, foram negligenciados e associados às mulheres. É nesse contexto que surgem movimentos com novas propostas de vida e de organização social, como o ecovila e ecofeminismo.As primeiras ecovilas surgiram na década de 1970 3 como alternativas de comunidades nas quais as pessoas se esforçam por levar uma vida em harmonia consigo mesmas, com os outros seres animados e inanimados e com a Terra. 4 No mesmo período, surgiram também as primeiras manifestações do movimento feminista em defesa do meio ambiente. O termo ecofeminismo teria sido utilizado pela primeira vez em 1974, por Françoise d'Eaubonne, que, em 1978, fundou, na França, o movimento Ecologia e Feminismo. A relação entre ciência, mulher e natureza estaria entre as primeiras preocupações do movimento ecofeminista.5 Destaca-se no movimento 6 que ecologia é um assunto feminista, mas que as semelhanças entre feminismo e ecologia têm sido esquecidas pela ciência ecológica, e essa vertente do movimento feminista, unindo o movimento das mulheres com o movimento ecológico, traz uma nova visão de mundo, desvinculada da concepção socioeconômica e de dominação.Sherry Ortner 7 chama à atenção ao fato...
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O texto objetiva refletir sobre a especialização do saber que provoca a fragmentação da ciência, movimento este instaurado pelo paradigma moderno. Assim, nesta sociedade múltipla, onde se exige cada vez mais a articulação entre saberes, onde a visão do todo é sempre maior e mais relevante que a soma das partes, faz-se necessário inserir a noção de interdisciplinaridade e transdisciplinaridade como possíveis soluções para a fragmentação do saber. Neste contexto, pensar em um discurso mais interdisciplinar, sistêmico e holístico, é pensar a racionalidade ambiental não de forma fragmentada, mas em relação entre os saberes, onde não é mais possível promover mudanças se não mudarmos nossa visão de mundo. A perspectiva e prática interdisciplinares já se tornaram condições sine qua non do avanço da ciência, no entanto, é urgente encontrar estratégias que permitam a colaboração entre áreas afins.
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