O e-book “Educação Especial do Campo: trilhas, perspectivas e renovação” tem como foco apresentar experiências de formação e vivências de um grupo de educadores com os povos com deficiência, a fim de corroborar com as discussões de formação de professores para além da interface. Compreende-se que essa temática contempla todos os povos que produzem suas condições materiais de existência a partir do meio rural, que trilham, por terra ou por rios, também de pessoas com deficiência. Os desafios e possibilidades na formação humana existem e são passíveis de renovação em prol de uma escola do campo com sua identidade e singularidade preservada que não se configura “gueto”, mas que os contemple sem anular, nem excluir.
As instituições especializadas se expandiram no Brasil devido à desresponsabilização do Estado com a educação da pessoa com deficiência, ampliando-se a participação filantrópica com o financiamento de instâncias públicas e privadas. A região metropolitana de Belo Horizonte (BH), apresenta marcos históricos na consolidação de ações filantrópicas no campo da Educação Especial. Diante disso, o objetivo desse estudo foi analisar na conjuntura recente (2007 a 2019) o financiamento das matrículas de estudantes da Educação Especial em BH. Para tanto, utilizou-se o banco de matrículas presente no censo escolar da Educação Básica disponibilizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). Os resultados mostraram a ampliação das matrículas de estudantes da Educação Especial na Educação Básica, com concentração e crescimento da deficiência intelectual. No que se refere ao financiamento, identificou-se um cenário de municipalização (48,7%)e ainda a conservação de instituições e classes especiais sob administração privada de categoria particular e filantrópico.
O objetivo deste artigo[i] é analisar o fluxo escolar de estudantes com cegueira na Educação de Jovens e Adultos (EJA), na cidade de Belo Horizonte/MG. Para isso, foram analisados os microdados do Censo Escolar da Educação Básica, disponibilizados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), referentes às matrículas de alunos com cegueira, entre 2007 e 2018. Os dados foram agregados segundo as variáveis (modalidade de ensino, etapas de ensino, deficiência, sexo, cor/raça, idade). O estudo se orientou pela perspectiva da unidade entre as dimensões de qualidade e quantidade, sendo indissociáveis. Os resultados demonstraram que 47 alunos com cegueira frequentaram a EJA em Belo Horizonte no período analisado, dentre os quais 23 apresentaram repetência ou promoção, a partir de dados de matrícula, sendo 47,8% do sexo masculino e 52,1% do sexo feminino. Em relação à cor/raça, 13 estudantes corresponderam à parda (56,2%), cinco à cor branca (21,7%), dois à preta (8,6%) e três não declarados (13%), indicando as desigualdades de acesso ao ensino, uma vez que a população preta, somada com a parda, foi a mais afetada. As 24 matrículas de alunos que evadiram após um ano de estudo, isto é, 51,06%, revelam que esses estudantes não tiveram processos efetivos de escolarização.
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