Este artigo objetivou analisar as marcas construídas por professoras participantes de um curso de formação sobre diversidade de gênero e sexual desenvolvido por uma universidade estadual baiana. Apoiamo-nos na vertente pós-estruturalista e realizamos entrevistas semiestruturadas com cinco docentes egressas do curso e atuantes na educação básica. Percebemos que as professoras construíram um olhar mais sensível sobre as questões de gênero e sexualidade, contestando o preconceito internalizado e sentindo-se impulsionadas para esses debates na escola, embora requeiram novas aprendizagens.
Nossa pesquisa norteou-se pela seguinte indagação: Como docentes lidam com as questões de diversidade de gênero e sexual na escola, após terem participado de um curso de formação envolto nessas temáticas? Nós nos enveredamos pelas perspectivas pós-críticas, pós-estruturalistas e nos estudos foucaultianos e, assim, entrevistamos sete professoras(es) que, participaram de um curso de formação sobre diversidade de gênero e sexual oferecido por uma universidade estadual no interior baiano, e estavam atuando na educação básica, nas condições de docentes, coordenação pedagógica ou direção escolar. Apesar de tempos de neoconservadorismo e fundamentalismos, algumas docentes retiraram as travas e se arriscaram a dialogar sobre diversidade de gênero e sexual na escola, mesmo enfrentando empecilhos, outras(os) foram surpreendidas(os) com os atravessamentos dessas temáticas em algum momento na escola e, nem sempre, atuaram como desejavam e houve quem também ainda não foi afetada pelas discussões e optou por não enfrentá-las na escola.
Este estudo apresenta e analisa os resultados de uma proposta de ensino sobre diversidade de gênero e sexual, realizada em uma turma de EJA do período noturno de uma escola pública municipal de Jequié-BA, desenvolvida durante uma unidade letiva (dois meses) em 2013. Foram discutidos temas como gênero, intersexualidade, universo trans e homofobia por meio de estratégias didáticas participativas e, ao final do trabalho, apesar de algumas resistências, o grupo reconheceu a dificuldade de romper com os processos normativos e os enquadramentos, bem como a relevância do reconhecimento das diferenças e da não reiteração dos processos discriminatórios. A experiência também deslocou a ideia de que o ensino da sexualidade na escola seja inexequível ou não envolvente.
Resumo:Em tempos de defesa da família branca, elitizada e heteronormativa, nos enveredamos em problematizar o que o filme Capitães da Areia (2011) nos ensina sobre as infâncias de um grupo de crianças em situação de rua que vive em um casarão abandonado na cidade de Salvador-BA, nos anos 1930. Nosso trabalho está pautado nas pesquisas pós-críticas e pós-estruturalistas e direcionado pelas seguintes questões: o que o filme Capitães da Areia nos ensina sobre as infâncias das crianças em situação de rua? Quais as relações de gênero e as sexualidades vivenciadas pelos(a) garotos(a) no longa-metragem? Nossas análises apontam para as tensões e os conflitos entre o ser ou não criança trazidas pelas narrativas e para as múltiplas vivências dos gêneros e das sexualidades daqueles(a) garotos(a). Palavras-chave:meninos e meninasem situação de rua, gênero, sexualidade, capitães da areia, infâncias."And are you old enough for this, boy"? childhoods, gender and sexuality in the feature film "Capitães de Areia"
Neste artigo refletimos a respeito das aprendizagens sobre homossexualidades e religião, colocadas em movimento a partir da discussão do filme “O padre”, realizada em um dos módulos de um curso de extensão sobre respeito à diversidade sexual, voltado à formação de profissionais de saúde, educação, segurança pública e assistência social, Trata-se de um estudo pós-crítico no qual ensaiamos algumas reflexões entre seus pressupostos e elementos cinematográficos. Para a produção de dados utilizamos questionário contendo perguntas sobre percepções, sensações e cenas do filme que impactaram os/as cursistas, investindo também na apresentação de algumas cenas que nos capturaram. As principais discussões presentes em nossa “escrita-gravação” cursam em torno das significações das homossexualidades na igreja católica; das vivências homossexuais balizadas pelo amor e escarnecidas pelo prazer; da religião enquanto campo de renúncias e de sofrimento; e da dimensão do segredo que atravessa o confessionário e as vivências sexuais dissidentes.
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