As características hidrográficas da região ao largo de Ubatuba, pesquisadas em períodos quase-sinoticos de verão (dezembro, 1985) e de inverno (julho, 1986), mostraram padrões distintos de distribuição de massas de água. Dois domínios com características físicas diferentes foram identificados sobre a plataforma continental: um interior e costeiro, e outro exterior, separados por uma zona frontal bem definida pelo campo de temperatura para o inverno. O domínio interior tem, durante o verão, uma estraficaçao de massa em duas camadas, determinada principalmente pelo desenvolvimento da termoclina sazonal nesta época do ano, enquanto que no inverno a estratificaçao dessa região é bem mais homogênea. No verão a camada superficial (profundidades menores do que 20 m) de toda a região é ocupada basicamente pela Água Costeira (AC), que se mistura com a Água Tropical (AT) mais ao largo; nesta época do ano observa-se, na camada subsuperficial, predominância da Água Central do Atlântico Sul (ACAS), cuja mistura vertical com a AC é somente observada nas proximidades da costa. No inverno a ACAS não penetra muito sobre a plataforma continental, e na camada superficial ocorre uma intrusão acentuada de AT no domínio exterior, sendo o domínio interior ocupado principalmente pela AC, a qual interage com a ACAS apenas na zona frontal que delimita a região de ocorrência dessas massas de água. Com base nesses padrões de distribuição de massas de água e do campo de massas, bem como nas condiçoes meteorológicas de região vizinha, é sugerido um modelo de circulaçao cuja dinâmica é controlada pelo vento e pela ação da Corrente do Brasil. Essa ação da Corrente do Brasil sobre o domínio exterior é, provavelmente, responsável pela presença dos vórtices com características de vórtices frontais observados nas duas épocas do ano. Esses vórtices, cuja extensão horizontal nas profundidades de 25 e 50 m e bem definida nas estruturas térmica e halina, tem provavelmente um importante papel na troca de massas de água entre a costa e o talude, contribuindo para o enriquecimento das águas da plataforma continental através dos movimentos ascendentes que ocorrem em seu núcleo.
uma ordem de grandeza menores do que o valor estimado para o termo gerado pela circulação gravitacional. O transporte total de sal, por unidade de largura da seção transversal, integrado airetamente é concoroante com o valor obtido pela somatória de todos os termos advectIvos e dispersivos, com um desvio inferior a 12 %. Na hipótese de que o canal estuarino amostrado é lateralmente homogêneo, observou-se que o transporte de sal não estava em balanço.
ABSTRACT. The Princeton Ocean Model (POM) was adapted to São Sebastião Channel (SSC) by nesting three numerical grids so as to study the seasonal changes of its circulation and thermohaline structure. Through monthly average conditions, the numerical model simulated reasonably the typical conditions of spring, summer, autumn and winter, filling the bottom channel with South Atlantic Central Water (SACW) in spring and in summer. In autumn and in winter this mass of water is not found, nevertheless its weaker signs appear in autumn, season in which the stronger signs of Tropical Water (never more than 50%) are found. Northeasterly winds on the Southeast Continental Shelf (SECS) grid are essential so that the SACW enters SSC. The bottom circulation obtained in SSC is essentially to northeast and associated to the intrusion of the SACW forced first by the northeasterly winds in SECS and second by the pressure force always bigger at the south entrance than in the north entrance and always bigger in summer than in winter. The superficial currents are southwestward, weakening in autumn and intensifying towards summer, with its maximum in this season.Keywords: Numerical modeling, thermohaline structure, currents. RESUMO. O Princeton Ocean Model (POM) foi adaptado ao Canal de São Sebastião (CSS) através do aninhamento de três grades numéricas para estudar as variaçõessazonais de sua circulação e estrutura termohalina. Em condições médias mensais, o modelo representou razoavelmente bem as condições típicas de primavera, verão, outono e inverno, preenchendo o fundo do CSS com aÁgua Central do Atlântico Sul (ACAS) na primavera e no verão. No outono e no inverno esta massa deágua não se encontra no canal, porém, seus sinais mais fracos são obtidos no outono sendo que nesta estação são encontrados os sinais mais fortes daÁgua Tropical. Ventos de nordeste na grade da Plataforma Continental Sudeste (PCSE) são imprescindíveis para que a ACAS penetre o Canal de São Sebastião. A circulação de fundo obtida no CSSé basicamente para nordeste e associadaà intrusão da ACAS forçada em primeira instância pelo vento de nordeste na PCSE e em um segundo momento pela força do gradiente de pressão, sempre maior na entrada sul do que na entrada norte e sempre maior no verão do que no inverno. A circulação superficialé para sudoeste com relaxamento no outono, intensificando-se em direção ao verão com máximo nesta estação. Palavras-chave:Modelagem numérica, estrutura termohalina, correntes.
A circulação geostrófica e as condições hidrográficas, na borda da plataforma continental adjacente ao Cabo Frio (RJ), são analisadas ao longo de duas secções verticais realizadas em julho de 1968. A principal característica resultante dessa análise é a ocorrência de movimentos para leste e oeste, com velocidades estimadas atingindo valores de até ± 2 cm.s-1 e -49 cm.s-1, respectivamente. Os movimentos para leste apresentam um fluxo de volume de 0,52 Sv (0,40 Sv) e as maiores velocidades são atingidas abaixo da picnoclina e na região adjacente a borda da plataforma continental. O principal movimento para oeste, tem as maiores velocidades na camada de superfície, e os pequenos valores do transporte de volume, de -2,24 Sv (-2,68 Sv), sugerem que as observações hidrográficas foram realizadas na região de cisalhamento ciclonico da Corrente do Brasil. Detalhes da distribuição do fluxo de volume são apresentados sobre o diagrama T-S, em correspondência com classes delimitadas por intervalos de variação da anomalia termostérica e da temperatura.
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