Introdução: Mulheres sofrem historicamente um processo de desigualdade de gênero, na qual se encontram muitas vezes esvaziadas a um papel socialmente construído de inferioridade ao homem e a uma restritiva função de cuidadora. Correntes teóricas apontam que a responsabilidade de crianças e adolescentes concentra-se majoritariamente na figura feminina, muitas vezes desencadeando impactos negativos em sua saúde mental. Objetivo: Compreender as percepções de mulheres, que fazem acompanhamento de saúde mental no Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB), em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) do Distrito Federal, sobre demandas relacionadas aos cuidados e às responsabilidades com crianças e adolescentes. Metodologia: Entrevista individual, qualitativa, semiestruturada com duas mulheres cuidadoras, atendidas pelo NASF-AB. Resultados: Através da análise de conteúdo, as entrevistas apresentam sentimento de sobrecarga e de solidão pelas mulheres em função do cuidado. Conclusão: Fatores como falta de suporte, dificuldade de acesso a serviços públicos, histórico de violências e preconceitos em meio social, impactam diretamente na qualidade de vida das mulheres e de seus dependentes.
A seguinte pesquisa teve como objetivo identificar as variáveis que influenciam no desenvolvimento dos transtornos alimentares (TA’s) no período da adolescência. Os estudos mostram que há maior prevalência destes na população feminina sendo, portanto, delimitado que as participantes da pesquisa são adolescentes do sexo feminino, com idade entre 12 e 18 anos acompanhadas no Adolescentro, Brasília, DF, Brasil, por uma equipe multiprofissional. A coleta dos dados foi realizada através de levantamento bibliográfico, estudo de prontuários e realização de entrevista estruturada contendo 25 questões com 14 adolescentes. Trata-se de um estudo descritivo e pautado em uma abordagem qualitativa, tendo seus dados analisados de acordo com a análise de conteúdo. Os resultados demonstraram que variáveis filogenéticas, ontogenéticas (vivência da adolescência, padrões comportamentais relacionados à alimentação, contextos estressores e traumáticos, satisfação com a imagem corporal e apoio social) e culturais (aspectos de gênero e influência da mídia) influenciam no desenvolvimento de transtornos alimentares, sendo que os profissionais precisam investigar as variáveis de forma detalhada sem negligenciar nenhuma delas. Conclui-se que é importante a construção de políticas públicas de prevenção aos transtornos alimentares, inserção do princípio de equidade ao se falar das diferenças de gênero e desenvolvimento de intervenções que extrapolam o contexto individual e perpassam o coletivo.
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