A seguinte pesquisa teve como objetivo identificar as variáveis que influenciam no desenvolvimento dos transtornos alimentares (TA’s) no período da adolescência. Os estudos mostram que há maior prevalência destes na população feminina sendo, portanto, delimitado que as participantes da pesquisa são adolescentes do sexo feminino, com idade entre 12 e 18 anos acompanhadas no Adolescentro, Brasília, DF, Brasil, por uma equipe multiprofissional. A coleta dos dados foi realizada através de levantamento bibliográfico, estudo de prontuários e realização de entrevista estruturada contendo 25 questões com 14 adolescentes. Trata-se de um estudo descritivo e pautado em uma abordagem qualitativa, tendo seus dados analisados de acordo com a análise de conteúdo. Os resultados demonstraram que variáveis filogenéticas, ontogenéticas (vivência da adolescência, padrões comportamentais relacionados à alimentação, contextos estressores e traumáticos, satisfação com a imagem corporal e apoio social) e culturais (aspectos de gênero e influência da mídia) influenciam no desenvolvimento de transtornos alimentares, sendo que os profissionais precisam investigar as variáveis de forma detalhada sem negligenciar nenhuma delas. Conclui-se que é importante a construção de políticas públicas de prevenção aos transtornos alimentares, inserção do princípio de equidade ao se falar das diferenças de gênero e desenvolvimento de intervenções que extrapolam o contexto individual e perpassam o coletivo.
Resumo: O presente relato de experiência traz informações acerca das vivências de uma equipe multiprofissional na elaboração de uma metodologia para realização de grupos terapêuticos no cuidado da saúde mental de adolescentes vítimas de violência sexual e suas famílias. O roteiro pré-definido pela equipe segue três etapas: o aquecimento do grupo, o desenvolvimento da temática e o encerramento. São realizados cinco encontros pautados em temas diversos, como: apropriação dos tipos de violência, apropriação da própria história de violência sexual e suas consequências, enfrentamento do trauma e planos futuros. Ele foi elaborado pela Equipe do CEPAV Caliandra que se localiza em um Ambulatório de Saúde Mental da Atenção Secundária (Adolescentro) do Distrito Federal. Nessa proposta, são realizados 2 grupos de forma simultânea, um com adolescentes de 12 a 18 anos incompletos e outro com cuidadores. Os resultados demonstraram benefícios para os usuários do serviço e para a equipe, sendo que traz apoio social e fornece a possibilidade para as vítimas de violência e seus familiares participarem do seu tratamento de forma ativa.
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