A monitoria acadêmica pode ser uma oportunidade de compreensão da práxis – relação entre teoria e prática - e de inserção no universo acadêmico, permitindo aos estudantes apreenderem como se dão as relações de ensino e pesquisa, constituindo-se um espaço especial de reflexão e análise das contradições existentes. O presente artigo tem por objetivo apresentar reflexões sobre a problemática: qual é o espaço da monitoria acadêmica no ambiente universitário como pertencente a um dos tripés da universidade, qual seja, o ensino? Para tanto, traz ponderações sobre este questionamento, todavia não tem a pretensão de esgotar o assunto, mas sim marcar o espaço da monitoria como proposta para a efetivação de projetos de ensino que ultrapassem as meras disciplinas e aulas proferidas pelo docente universitário.

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A Estrada de Palmas-Palmeira foi uma ramificação do Caminho das Missões, que buscava atender as necessidades comerciais decorrentes do grande tropeirismo do século XIX, possibilitando o trânsito de gado proveniente da região missioneira e dos Campos de Palmas, até o Caminho de Viamão. Nessa rota, até o ano de 1916 se constituíram os municípios paranaenses de Palmeira, Palmas, São João do Triunfo, União da Vitória, São Mateus e São Pedro de Mallet. Tendo em vista o desenvolvimento econômico, social e cultural dessa região, o presente texto, tem como objetivo analisar a relação entre tropeirismo e a escolarização no percurso da Estrada Palmas-Palmeira, no período de 1854-1916. A delimitação temporal tem início em 1854, por ser o marco inicial do governo na província do Paraná, quando o governo paranaense passou a organizar a instrução pública e demais setores. Já o recorte de 1916, marcou o acordo de limites entre os estados do Paraná e Santa Catarina. A metodologia adotada é a da análise de documentos oficiais, tendo como foco a legislação educacional, os relatórios dos presidentes de províncias, relatórios dos governadores do Estado, relatórios dos inspetores de instrução pública e professores, além de fontes bibliográficas. A pesquisa revelou que apesar das transformações socioculturais e econômicas decorrentes do tropeirismo na região, uma ampliação da escolarização só se deu com a colonização e o desenvolvimento de novas formas de trabalho.