O referido artigo aponta as implicações do processo de nacionalização compulsória a uma escola alemã comunitária coordenada por uma Associação Escolar e mantida por uma Sociedade estabelecida no município de Porto União (SC), criada no final do século XIX e fechada oficialmente em 1939. A pesquisa teve por objetivo mostrar as consequências desse processo de nacionalização da educação, no cotidiano da escola alemã de Porto União (SC), mediante as exigências do Decreto Federal nº 406, de 04 de maio de 1938, conhecido como Lei da Nacionalização, culminando com o encerramento das atividades da mesma. A investigação utilizou de pesquisa bibliográfica e análise documental tendo como fonte o Livro de Atas da Associação “25 de Julho” de 1938 a 1941. Toma por base os estudos sobre as escolas alemãs em Santa Catarina de Klug (2003) e os estudos sobre as escolas comunitárias no Brasil de Kreutz (2000). Aponta-se como resultado os esforços, por parte dos membros da associação e da comunidade, para manterem a escola em funcionamento e, ao mesmo tempo, a negativa da Secretaria do Interior e da Justiça do Estado de Santa Catarina.
Vários grupos imigrantes de diferentes etnias povoaram a região sul do Brasil, no final do século XIX e início do Século XX. Os poloneses estabeleceram-se no município de Cruz Machado, no sul do estado do Paraná, no ano de 1911. Os primeiros anos de povoamento exigiram dessas pessoas muito esforço para vencer as adversidades. Construíram suas casas, a igreja e a escola. Essa pesquisa propõe-se a investigar a organização escolar inicial, permeada pela cultura polonesa advinda da Europa. Justifica-se o estudo tendo em vista que esses grupos criaram formas de organização social, entre elas a escola, que os mantinham unidos e os auxiliavam na manutenção da identidade cultural. O estudo tem por objetivo descrever a trajetória da Escola Polonesa da comunidade de Sant´Ana (Cruz Machado – PR), fundada em 1914, atendida pelas Irmãs Franciscanas da Sagrada Família de Maria, resgatando dados sobre a fundação, funcionamento, organização didático pedagógica, entre outros, até aproximadamente a década de 1980. Utiliza de pesquisa bibliográfica, descritiva e exploratória, com pesquisa de campo por meio de análise documental e entrevistas. A investigação tem como base teórica a História Cultural e utiliza estudos sobre a imigração polonesa de Wachowicz (2001) e sobre Cultura Escolar (JULIA, 2001).
A Escola Presidente Costa e Silva da Linha Polonesa, criada no ano de 1970, área rural do Município de Cruz Machado (PR), foi organizada por descendentes dos primeiros imigrantes poloneses, que chegaram a região no início do século XX. Essas escolas, na modalidade multisseriada, perduraram por longo tempo em áreas rurais distantes dos grandes centros e, algumas delas, alcançaram o século XXI. A criação dessa instituição, na Linha Polonesa, teve como proposta oferecer ensino público às crianças da pequena comunidade local. A pesquisa teve por objetivo resgatar dados de fundação e funcionamento do espaço escolar destacando as práticas educativas vivenciadas na instituição. Justifica-se o estudo pelo fato dessas escolas isoladas e multisseriadas serem um espaço de escolarização destinado ao meio rural brasileiro, no sul do país, em pequenas e longínquas comunidades. Utiliza-se de pesquisa descritiva, bibliográfica, exploratória e pesquisa de campo através da história e memória oral. O referencial teórico que norteia essa investigação pauta-se nos estudos sobre imigração polonesa de Renk (2013) e nos estudos sobre cultura escolar de Julia (2001).
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