Resumo: O presente artigo tem como objetivo identificar se os Doutorados Profissionais em Educação (DPE) são cursos comumente oferecidos pelas principais universidades do mundo e analisar as tendências desse tipo de doutorado nas chamadas Universidades de Classe Mundial (UCM). Em sua produção, foram identificadas e analisadas propostas de DPE de dezenove importantes UCM que se destacaram em três rankings. A partir de pesquisa exploratória, analítico-descritiva, no campo da Educação Comparada, constataram-se nove grandes tendências, destacando-se que a oferta de DPE é uma prática comum nas Artigo da disciplina "A produção do conhecimento no campo das Ciências da Educação", do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE), nível doutorado, da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-CAMPINAS). Engloba-se no projeto "Governança universitária em tempos de RANKINTACs (rankings acadêmicos, índices e tabelas classificatórias) nas instituições de educação superior brasileiras" (Processo nº 311333/2017-6), coordenado pelo Dr. Adolfo Ignacio Calderón, Bolsista Produtividade em Pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
As políticas de acesso ao ensino superior brasileiro nos últimos 15 anos mudaram a composição da população brasileira que acessou às universidades públicas e privadas. O presente artigo analisa o perfil dos ingressantes por meio de um dos programas de acesso no âmbito da Universidade Estadual de Campinas. O acesso à universidade foi modificado com a criação do Programa de Ação Afirmativa e Inclusão Social em 2004, que incentiva o acesso dos estudantes da rede pública de ensino (EP), bem como de estudantes autodeclarados pretos, pardos ou indígenas (PPI), com a adição de pontos à nota dos candidatos no vestibular. O método utilizado se pautou em pesquisa bibliográfica sobre políticas públicas de acesso ao ensino superior, além de analisar os dados do período de 2005 a 2018 disponíveis nas páginas eletrônicas da universidade. Como resultado, observa-se que a política apresenta dois momentos distintos, o primeiro até 2013 com uma modificação tímida na composição dos ingressantes EP e PPI. No segundo momento, há uma elevação no número de ingressantes provenientes de EP alcançando o percentual de 50% do número de ingressantes em 2017, em 2005 o percentual foi de 28%. Com relação aos estudantes PPI passou de 12% em 2005 para 24% em 2018, número que deverá crescer nos próximos anos, pois a Universidade aprovou o programa de cotas étnico-raciais que será implementado a partir de 2019. Apesar dos números favoráveis, o artigo discute os desafios colocados à Universidade para criar condições de permanência para jovens de famílias pobres de primeira geração na Universidade.
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