Resumen: El fortalecimiento de los movimientos sociales indígenas, el nuevo constitucionalismo latinoamericano y los avances de los derechos indígenas en el sistema jurídico internacional son evidencia de las profundas transformaciones políticas y epistemológicas que están ocurriendo en la sociedad contemporánea. Este proceso de transformación culminó en la promulgación de las nuevas constituciones de los Estados Plurinacionales de Bolivia (2009) y Ecuador (2008), que incorporan el principio del Sumák Kawsay/Buen Vivir como propuesta alternativa al modelo de desarrollo hegemónico. El artículo aborda los avances de tal propuesta, desde la perspectiva del proyecto de descolonización política y social de la América Latina.
Resumo: A proposta do Buen Vivirelaboradas desde uma perspectiva indígena no Equador e na Bolívia revelam uma interpretação sobre a natureza contraposta à visão mercantilista que caracteriza o paradigma do progresso na modernidade ocidental capitalista. Uma visita às reflexões sobre asparticularidades da cosmovisão ancestraldo altiplano andino -holística, de interdependência e interconexão entre os seres que compõem o cosmos -contribui para compreender o potencial contrahegemônico do Buen Vivir incorporado à luta dos movimentos indígenas no contexto do neo-extrativismo do século XXI.
O artigo enumera as contribuições do pensamento decolonial para as Relações Internacionais. Essa corrente teórica crítica, que está em constante diálogo com os saberes dos povos originários, aposta na incorporação de outras dimensões, para além da político-econômica, à análise dos fenômenos internacionais e globais, contribuindo para uma compreensão mais aprofundada das desigualdades e hierarquias que os constituem. Como exemplo desta contribuição, enfocamos as críticas indígenas e decoloniais às formas hegemônicas de interpretação da natureza, que, em grande medida, são aquelas que predominam nos diversos âmbitos da Governança Ambiental Global (GAG). Como resultado dessa discussão, foi possível observar a importância da participação das organizações indígenas nas diversas instâncias da GAG para a construção de mecanismos mais sintonizados com as suas demandas e cosmovisões, e mais efetivos na defesa da natureza (ou Mãe Terra).
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