Twin molar pregnancy with a hydatidiform mole and a coexisting live fetus is a rare form of gestational trophoblastic disease associated with an increased risk of obstetric complications and poor perinatal outcome. Prenatal diagnosis is essential for couple counseling and follow-up in Tertiary Reference Centers. Magnetic resonance imaging is important for the diagnostic differentiation of placental mesenchymal dysplasia and exclusion of myometrial invasion. Here we present a case of twin molar pregnancy with a hydatidiform mole and a coexisting live fetus diagnosed at gestational week 14 using two-dimensional (2D) and three-dimensional (3D) ultrasound and magnetic resonance imaging. We also describe the obstetric management and postmolar follow-up.
ResumoDoença trofoblástica gestacional é anomalia de gravidez que engloba formas clínicas benignas (mola hidatiforme completa e parcial) e malignas (mola invasora, coriocarcinoma, tumor trofoblástico do sítio placentário e tumor trofoblástico epitelioide). Sua forma mais comum, a mola hidatiforme, acomete 1:200 grávidas brasileiras. No passado era comum a paciente com mola hidatiforme apresentasse sintomatologia exuberante: hemorragia copiosa, cistos teca-luteínicos dos ovários, útero aumentado para a idade gestacional, pré-eclâmpsia precoce, hiperemese e hipertireoidismo. Hoje, com o diagnóstico precoce feito pela ultrassonografia, muitas pacientes são diagnosticadas com gestação molar ainda em fase assintomática. Todavia, este diagnóstico precoce tem dificultado a análise histopatológica do material molar, tornando as técnicas imuno-histoquímica e de biologia molecular importantes para a confirmação diagnóstica. Por seu potencial de evoluir para neoplasia trofoblástica gestacional, as pacientes acometidas por gravidez molar devem ser atendidas em Centros de Referência, onde são inicialmente submetidas ao esvaziamento uterino pela técnica de vácuo-aspiração. Nestes serviços especializados, elas também terão monitorados seus níveis de gonadotrofina coriônica humana a fim de detectar precocemente a persistência da doença e sua progressão maligna. Vale salientar que o uso rigoroso de contracepção hormonal é fundamental para manter fidedigno o marcador tumoral dessa doença. Espera-se que cerca de 20% das pacientes com mola hidatiforme evolvam para neoplasia trofoblástica, cujo tratamento quimioterápico é capaz de curar a grande maioria das pacientes, preservando sua capacidade reprodutiva que, pelo geral, não se altera. O objetivo desse artigo é rever aspectos clínicos, genéticos, patológicos e terapêuticos da doença trofoblástica gestacional, importante causa de hemorragia da gestação.Descritores: Mola hidatiforme; Gonadotrofina Coriônica Humana; Contracepção. AbstractGestational trophoblastic disease is disorder of pregnancy that encompasses clinical benign forms (complete and partial hydatidiform mole) and malignant forms (invasive mole, choriocarcinoma, placental site trophoblastic tumor and epithelioid trophoblastic tumor). Its most common form, hydatidiform mole, affects 1:200 pregnant in Brazil. In the past it was common for a patient with hydatidiform mole present exuberant symptoms: copious bleeding, theca lutein cysts of the ovary, enlarged uterus for gestational age, early preeclampsia, hyperemesis and hyperthyroidism. Nowadays, with early diagnosis made by ultrasound, many patients are still diagnosed asymptomatic. However, this situation has hindered early diagnosis histopathological analysis of molecular material, making immunohistochemistry and molecular biology major in the diagnostic. For its potential to develop into gestational trophoblastic neoplasia, patients affected by molar pregnancy should be followed in the Reference Centers, where they are initially subjected to uterine vacuum aspiration ...
Introdução: A vitamina D é um pró-hormônio sintetizado principalmente pela pele com a ação dos raios ultravioleta; menos de 10–20% é proveniente da dieta. Sua forma ativa é a 1,25-di-hidroxivitamina D3, tendo sua ação mediada pelo receptor de vitamina D. Sabe-se que esse receptor não é encontrado apenas no sistema de controle do metabolismo osteomineral, como também nos ovários (células da granulosa), no útero, na placenta, nos testículos, no hipotálamo e na hipófise, o que sugere grande influência da vitamina D na vida reprodutiva. Nesse contexto, questiona-se se a suplementação de vitamina D pode ter um papel importante no tratamento da infertilidade. Objetivo: Abordar a ação da vitamina D na ovulação e questionar sua suplementação no tratamento da infertilidade feminina. Materiais e métodos: Foram utilizados artigos pesquisados nas bases de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO) e United States National Library of Medicine (PubMed), a partir do ano de 2011. Resultados e conclusão: Sabe-se que o hormônio antimulleriano (HAM) é responsável pelo desenvolvimento e crescimento dos folículos e, portanto, é um importante marcador da reserva ovariana, que pode ser alterado por fatores ambientais, assim como pela deficiência de vitamina D. Algumas análises corroboram a hipótese de que a deficiência dessa vitamina estaria relacionada com baixas taxas de sucesso em reprodução assistida e com melhores desfechos em pacientes com síndrome do ovário policístico que desejam engravidar. A reposição oral de vitamina D é segura e de baixo custo, e evidências sugerem seu benefício em maiores taxas de gestação em tecnologias de reprodução assistida por melhorar a qualidade oocitária, promovendo a diminuição nas taxas de abortamento, além de reduzir complicações obstétricas. Logo, sua suplementação pode e deve ser encorajada em mulheres que apresentem sua deficiência documentada. Importante ressaltar que a reposição depende tanto da quantidade ingerida quanto do peso pré-concepcional, da exposição solar, dos níveis séricos basais, entre outros fatores, e deve ser individualizada para resultados ideais. Por causa dessas variáveis, mais estudos devem ser feitos para investigar e comprovar os possíveis efeitos da suplementação de vitamina D durante o processo de pré-concepção, de acordo com seus riscos e benefícios. A criação de protocolos relacionados à suplementação dessa vitamina em mulheres em idade fértil seria uma ferramenta importante no processo de fertilização, já que o uso inadequado pode levar a desfechos negativos.
Introdução: A sífilis é uma doença infectocontagiosa que vem apresentando crescimento significativo no país na última década. Pode ser dividida em primária, secundária, terciária e congênita, em que cada apresentação possui sintomatologia específica. A avaliação neonatal de sífilis é realizada após o nascimento, aplicando-se critérios pré-estabelecidos que auxiliam na realização de diagnóstico e seguimento do tratamento. Esses, definidos como critérios de cura, possuem diferenças quando comparados com os definidos pelo Ministério da Saúde — MS (2020) e pela Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro — SMS-RJ (2016), podendo levar a desfechos diferentes. Objetivos: Comparar as diretrizes atuais de rastreio de sífilis congênita por meio do protocolo adotado pelo MS e pela SMS-RJ e seus possíveis desfechos na incidência e na prevalência. Material e Métodos: Foi realizada revisão por meio de artigos em PubMed, MEDLINE e periódicos. Resultados e Conclusão: Os protocolos de rastreio da sífilis congênita do MS e da SMS-RJ possuem pontos de divergência no que consta a avaliação de valores de Venereal Disease Research Laboratory (VDRL) e do risco de reinfecção por parceiros. O município não estipula redução dos valores de VDRL no neonato, aceitando aumento de sua titulação em até uma vez. A medida vai de encontro ao critério usado pela Federação, que prevê redução deles, abrindo possibilidade para o subtratamento do paciente. Em recente atualização, o MS se aproxima do protocolo da SMS e retira obrigação ao rastreio do parceiro, incentivando avaliação do risco de reinfecção para cada caso. Tal medida flexibiliza o rastreio e possibilita aumento das chances de reinfecção, prejudicando o controle da disseminação. Tal fato é corroborado por dados recentes que indicam prevalência de sífilis no município com proporção de 1,5 homem para 1 mulher (Sistema de Informação de Agravos de Notificação — SINAN). No período entre 2015 e 2018 houve um aumento nos casos de sífilis gestacional, de 2.500 para 4.353, com discreta redução nos casos de sífilis congênita, de 1.410 para 1.136 (Secretaria de Vigilância em Saúde do Rio de Janeiro). A discordância protocolar, no que diz respeito ao controle de cura e rastreio, aumenta o risco de reinfecção, além de complicações gestacionais atuais e futuras. A omissão do rastreio do parceiro acaba por favorecer a permanência elevada em sua incidência e prevalência na comunidade. Inferindo-se a presença de uma falha nas estratégias secundárias e a necessidade de uma ação da SMS-RJ para conter a epidemia em curso, tem-se como medida a revisão e a atualização do protocolo oficial utilizado ou a troca para o mesmo em uso nos hospitais federais, associado ao controle mais rígido dos contactantes sexuais na tentativa de reduzir a disseminação e a reinfecção.
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