RESUMO -As Singularidades das Crianças Pequenas Expressas nas suas Brincadeiras.Ao contextualizar no sistema educacional a homogeneização das vivências de seus sujeitos, que desvaloriza suas particularidades, este artigo problematiza as manifestações das singularidades das crianças pequenas em momentos de brincadeira. Objetivou-se compreender como tais manifestações ocorrem, considerando a singularidade das crianças pequenas em suas brincadeiras, compreendendo a diversidade do seu repertório cultural, identificando seus aspectos particulares e suas significações nesses momentos. Realizaram-se observações participantes com um grupo de dezenove crianças com quatro anos de idade, durante oito encontros. Os registros de diário de campo permitiram a análise das vivências das crianças, assim como a manifestação de diversos elementos singulares durante as brincadeiras, as quais são intimamente associadas ao contexto social em que os sujeitos estão inseridos. Palavras-chave: Singularidade. Crianças Pequenas. Brincadeiras. ABSTRACT -The Singularities of Young Children Manifested in their Play Time.By contextualizing the homogenization of the subject's experiences in the educational system, which devalues their particularities, this article examines the manifestations of the peculiarities of small children during play time. The aim of the study is to how such manifestations happen, considering the diversity of their cultural repertoire, identifying their particular aspects and their meanings in these moments. Participant observations were held with a group of nineteen children aged four years old during eight meetings. The field diary records allowed the analysis of the children's experiences, as well as the expression of several singular elements during the games, which are closely tied to the social context in which individuals are embedded.
Os meandros que compõe essa pesquisa: aspectos teórico-metodológicos A infância, assim como os demais períodos da vida, é uma eta pa em que ocorre um expressivo processo de trocas sociais e culturais, o qual lhe configura uma significância na existência humana. Tanto a perspectiva desenvolvimentista quanto essencialista marcaram a história das crianças, como discutem Ariès (1981), Pilotti e Rizzini (1995), Marcílio (1998), Freitas (1997), Mendez (1998), Kohan (2003), entre outros autores. Estas perspectivas revelam como os lugares, as marcas, as concepções da infância, são construtos dos adultos e podem ser pensadas como memórias cult urais aprendidas. Nas literaturas acima citadas encontram-se as diferenciações entre as categorias sociais de criança e infância. Para esses autores são dimensões indissociáveis e uma só pode ser problematizada na interlocução com a outra, pois são concepç ões não constituídas de forma homogênea e universal. As reflexões de Kohan (2003) ajudam na compreensão das concepções da infância que estão presentes no cotidiano. Ele retoma a origem etimológica da palavra infância, infantia, que no latim designa a ausên cia da fala. Ariès (1981) confirma essa concepção ao falar sobre os chamados enfant, relacionados à ideia de não-falante já que nessa fase a pessoa não pode falar bem e nem formar palavras completas, afinal, não tem seus dentes bem ordenados e firmes. Maiad (1999) destaca ainda que o período de desenvolvimento intelectual da criança era denominado meninice, cujo significado relacionava-se às próprias ações do menino, ou ainda, à falta de juízo quando comparado ao adulto. Essa ideia aponta que a
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