O presente artigo visa a socializar parte dos resultados advindos de um estudo de caso de caráter exploratório que teve por objetivo investigar as variáveis intervenientes no processo de avaliação da aprendizagem das crianças em um município brasileiro, com vistas a produzir insumos que contribuam para fomentar o debate na área da educação infantil. Os dados provenientes do estudo evidenciam nuances e apontam interfaces importantes a serem levadas em consideração, como currículo-avaliação e avaliação educação infantil-ensino fundamental, bem como problematiza políticas de responsabilização dos profissionais, apontando como perspectivas as políticas de participação. O estudo conclui evidenciando alguns desafios a serem superados e propõe caminhos a serem explorados com vistas à construção e consolidação de uma avaliação da aprendizagem na educação infantil alinhada às finalidades dessa etapa.
O artigo apresenta e discute os dados de uma experiência de autoavaliação em quatro instituições de Educação Infantil conveniadas do município de São Paulo, realizada com a aplicação da metodologia proposta no documento “Indicadores da Qualidade na Educação Infantil”, publicado pelo Ministério da Educação em 2009. As categorias utilizadas para a análise foram baseadas, principalmente, em dois autores: Formosinho, que definiu uma tipologia do poder das instituições educacionais que influenciam diretamente no envolvimento/participação de cada indivíduo/grupo, e na tipologia da participação de Lima. O estudo conclui que, em um processo autoavaliativo como proposto pelo documento utilizado, o poder não é distribuído e sim disputado, sendo que os consensos ora são negociados, ora são frutos do prevalecimento da ideologia de um grupo sobre os demais. Nesse sentido, a avaliação realizada permitiu a expressão de denúncias, sonhos, anseios e desejos, mas também evidenciou processos de autoritarismo, exclusão e silenciamento.
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