This article analyzed whether, and to what extent, gender shapes different perspectives, opportunities and incentives to the athletic career in Brazilian futsal for men and women, as well to another vocational career. For this, we describe the profile of male and female athletes from their sporting trajectory and dual career. We used a questionnaire with 95 men and 87 women, participating in the adult futsal championships in São Paulo Our results show that dual careers are predominant for both men and women. For the latter, dual career with studies lasts from adolescence to adulthood, when clubs grant them a university scholarship and salary. After higher education, the chances of staying in futsal decrease for women, which may indicate the conversion to another vocational career and the chance of social mobility, since they are the first generation of their family to reach this level of education. For men, dual career is established earlier, in childhood and becomes, in adulthood, coping with work, since most are unpaid to play, with the exception of a small portion. These differences demonstrate the inequality of futsal development between genders.
Resumo: Este texto tem como objetivo descrever um contexto de ensino-aprendizagemtreinamento do futebol para meninas, buscando compreender a produção de sentido e os fatores que contribuem para a mobilização para o jogo. Para tanto, refletimos sobre ferramentas utilizadas para a observação deste um campo, tendo o marcador de gênero como um de seus objetos principais. A partir de um olhar para o campo revestido pelas lentes da etnografia e pautado por uma análise baseada em Bernard Charlot apontamos para maneiras singulares de se vivenciar o esporte e propomos uma leitura que supere a descrição dos sujeitos, e que seja capaz de promover espaços mais acolhedores para o acesso de meninas na modalidade. Palavras-chave: Gênero; Esporte; Pedagogia do esporte. LANCES INTRODUTÓRIOS A academia pode sem entendida como um espaço social dotado de diversos sentidos sociais, saberes e linguagens que são cotidianamente (re)produzidos e (re)significados. Dentro deste contexto, os sujeitos ali inseridos (alunos, professores, pesquisadores, seres sociais...), defrontam-se com a necessidade de câmbios de comportamento, de escrita, de fala entre outras coisas, o que dá uma ideia de diferentes tipos de produções para cada um desses sujeitos distintos.
Neste, ensaiamos as possíveis articulações entre a pedagogia do esporte e os estudos de gênero. Para tanto, refletimos sobre como os dispositivos de gênero e sexualidade regulam práticas, discursos e corpos no esporte, produzindo uma gramática esportiva hegemônica e suas possíveis problematizações. Apoiado nas discussões emergentes sobre pedagogia do esporte, refletimos sobre as condições pedagógicas que podem contribuir para oportunizar a aprendizagem do esporte para os corpos não normativos no campo esportivo. E por fim, ensaiamos apontamentos em direção a gramáticas esportivas mais plurais, afim estender as reflexões de gênero ao currículo esportivo, ampliando o diálogo acadêmico e refletindo sobre maneiras de tornar o esporte mais acessível
Ao longo do século XX as mulheres foram impedidas ou desincentivadas à prática de esportes, entretanto, nas últimas décadas, essa participação vem crescendo. Esse crescimento deve-se a esforços institucionais recentes, os quais, todavia, não são acompanhados pelos esforços acadêmicos e científicos. Propomos então, pensar a problemática da participação esportiva das mulheres sob a ótica dos estudos feministas, tendo como objetivo revisitar as epistemologias feministas que corroboram para a reflexão. Como resposta, destacamos a necessidade de: outorgarmos a capacidade das meninas em agenciar soluções relacionadas a sua prática esportiva; distanciarmos dos discursos que as colocam como problema a ser resolvido dentro dos esportes; promover uma difusão do poder, envolvendo, sobretudo, uma participação heterogênea dentro desses espaços; e trabalhar a partir do prazer e da autonomia como mecanismos do jogar.
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