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Purpose The Sertão, located in the Northeastern region of Brazil, is the most populous semi-arid region in the world. The region also faces the highest rates of poverty, food insecurity and climate risks in this country. Basic economic activities, such as extensive livestock and dairy farming, tend to be mainly affected by the increasing temperatures and recurrent droughts taking place in the past decades. This paper aims to analyze farmers’ responses to climatic variability in the Sertão. Design/methodology/approach Analyses are based on farm-level data of the Agricultural Census 2006 and on historical climate data gathered by meteorological stations. The climate impacts and the effectiveness of adaptive strategies are compared between three groups of farms, which discriminate different levels of social and environmental vulnerability. Four production functions are modeled (milk, cattle, goat and sheep) accounting for sample selectivity bias. Findings In response to increasing temperatures, farmers tend to shift their activities mainly to cattle and dairy farming. But the overall productivity tends to reduce with the recurrence of droughts. Decreasing precipitation affects mainly the production of milk of smallholder family farmers and the cattle herd of non-family farmers. Research limitations/implications Analyses do not account for short- and medium-run productive impacts of extreme droughts, which usually have devastating socioeconomic effects in the region. Originality/value Smallholder family farmers are the most vulnerable group who deserve more social and technical intervention, as they lack basic social and technological resources that can greatly improve their productivities and overcome the impacts of decreasing precipitation.

As mudanças climáticas globais podem aumentar a variabilidade associada à duração, à intensidade e ao local de ocorrência de eventos extremos de precipitação. Neste cenário, a gestão dos recursos hídricos tende a se tornar cada vez mais dependente da compreensão dos efeitos locais desses fenômenos. Em 2014, o estado de São Paulo passou por uma das secas mais intensas já registradas, o que afetou a disponibilidade hídrica. Neste contexto, o objetivo principal deste trabalho é investigar se na Bacia do Rio Jundiaí, que contempla um dos principais polos econômicos do estado de São Paulo, tem sido verificada a ocorrência de eventos extremos de precipitação. Para cumprir este objetivo, dados de precipitação correspondente ao período 1961-2014 foram utilizados para calcular o Standardized Precipitation Index (SPI). Os principais resultados mostram: aumento do volume de precipitação nos últimos anos, com exceção de 2014; concentração de anos extremamente chuvosos entre 2009 e 2012; tendência de aumento da ocorrência de eventos de excesso de precipitação no longo prazo com base nas análises do SPI. A sociedade precisa aprender a conviver com a variabilidade natural do clima, o que inclui políticas ambientais de mitigação e adaptação aos eventos climáticos extremos.

Resumo: Este trabalho analisa os padrões de produção de grupos de pequenos produtores do algodão no Brasil e seus impactos sobre as preferências declaradas por novos sistemas de produção. Especificamente, verificam-se as principais características que diferenciam as escolhas pelos sistemas de algodão geneticamente modificado (Bt e RR) e não geneticamente modificado (colorido, orgânico e branco convencional). As análises baseiam-se em dados primários aplicados a grupos de pequenos produtores de algodão nas principais regiões produtoras no Brasil. Os padrões de associação entre as características do produtor e do sistema de produção foram analisados com a Análise de Correspondência Múltipla. A propensão a adotar novos sistemas de produção foi analisada pela Análise Conjunta. Os resultados destacam que, mesmo entre pequenos produtores, há distinções importantes entre os padrões de produção que determinam a escolha pelo tipo de semente. O conhecimento prévio do sistema de cultivo, através da prática agrícola corrente, mostra-se um fator fundamental nas preferências dos produtores por novos sistemas de produção. Conclui-se que a cadeia produtiva, principalmente o papel das cooperativas locais e das redes privadas de apoio à produção e à comercialização, teria um papel decisivo na definição de redes de influência e, consequentemente, na adoção dos sistemas produtivos.