Introdução: A pandemia da COVID-19 tem feito inúmeras vítimas fatais em todo o mundo. Ela não apenas ameaça a esfera física do indivíduo, como também pode gerar importante adoecimento psicológico na população, principalmente por conta do medo de contrair a doença. Objetivo: Avaliar a relação do medo da COVID-19 com sintomas ansiosos e depressivos dos residentes de Medicina de Família e Comunidade da região metropolitana de Fortaleza. Métodos: Realizou-se um estudo quantitativo analítico, correlacional e transversal, no qual os participantes responderam a um formulário eletrônico que continha um questionário elaborado pelos autores e os instrumentos Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HADS) e Escala de Medo do COVID-19 (EMC-19). Resultados: A pesquisa contou com 50 participantes. Verificou-se que 52% dos residentes apresentavam sintomas de ansiedade, 36% sintomas depressivos e 22% possuíam medo da doença de moderado a intenso. As maiores médias de medo foram dos residentes que já tratavam ansiedade ou depressão e dos residentes que iniciaram tratamento durante a pandemia. Conclusões: O estudo demonstrou que uma porcentagem relevante dos pesquisados apresentou sintomas de ansiedade e depressão, além de mostrar associação direta entre esses sintomas e o medo da COVID-19. Conclui-se enfatizando que o contexto pandêmico exige maior atenção às circunstâncias da saúde mental dos residentes de Medicina de Família para propor medidas de enfrentamento mais resolutivas à problemática.
A osteopetrose infantil maligna (OIM) é a forma mais grave de osteopetrose (OP), que é um grupo de desordens raras e hereditárias que acometem o esqueleto humano, tornando-o mais denso. Uma das suas principais consequências é a invasão medular por esclerose óssea, levando a progressiva insuficiência medular e aplasia, o que predispõe a inúmeras infecções graves, incluindo a osteomielite. É uma doença que possui mortalidade de 99% até os dez anos de idade, com incidência de 1:500.000 nascidos vivos, cujo único tratamento disponível é o transplante de medula óssea precoce. O caso relatado é de um paciente do sexo masculino, 14 anos, com diagnóstico de OIM desde a infância, admitido na emergência do Hospital Infantil Albert Sabin com edema e dor facial à direita de início há um mês. Com base no exame físico e nos exames complementares foi diagnosticada osteomielite maxilar aguda. Além do quadro atual, o paciente possuía diversas sequelas da sua doença de base. Evoluiu com sepse durante a internação, fez uso de antibioticoterapia, e obteve alta hospitalar após um mês para cuidados paliativos domiciliares.
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