Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) e Partido dos Trabalhadores polarizam a disputa presidencial há 20 anos (PT). Entretanto, verifica-se uma tendência progressiva de crescimento de candidaturas de terceira via. Utilizando dados de surveys dos Estudos Eleitorais Brasileiros (ESEB), este trabalho examina como os sujeitos que não têm votado nas candidaturas do PT e do PSDB se posicionam sobre a política brasileira, e observa o comportamento político desses dois partidos, dentro das propagandas partidárias de 2014. Busca-se responder: quais são as opiniões demonstradas, entre 2002 e 2010, pelos eleitores das candidaturas de terceira via nas eleições nacionais? Como a disputa política, no espaço do horário eleitoral, contribuiu para a permanência da polarização PT x PSDB na eleição presidencial de 2014? Os eleitores de terceira via apresentaram, ainda que com queda em 2006, uma elevação da satisfação com a democracia, e da identificação e satisfação com partidos; maior rejeição ao PSDB do que ao PT. Em 2014, os partidos conseguiram atualizar o embate entre eles, construindo a ideia de que Marina podia ser relacionada a ambos e que a mudança simbolizada por ela era insegura.
Este artigo busca verificar os possíveis impactos da participação nas redes sociais da internet sobre os valores democráticos dos brasileiros, e da confiança e desconfiança destes para com as instituições políticas do país. Para isso, foi examinada a fonte de informação política preferencial dos indivíduos, para averiguar a existência (ou não) de diferenças entre aqueles que se informam por meio das redes sociais em comparação com aqueles que preferem se informar por outros meios. Os dados utilizados neste artigo são fornecidos pelo Estudo Eleitoral Brasileiro (ESEB) de 2018. A partir dos resultados encontrados, não foi possível estabelecer uma relação clara entre o uso das redes sociais como fonte prioritária de informação e a desconfiança nas instituições políticas, bem como no que diz respeito ao apoio normativo ao regime e a valores mais ou menos autoritários.
Este artigo verifica as variações das predisposições atitudinais dos porto-alegrenses a respeito da democracia entre os anos 1968-2013. Para tal, foram utilizados indicadores empíricos a respeito da percepção das pessoas sobre eleições, partidos e instituições políticas. A hipótese é que houve um amadurecimento democrático no âmbito procedimental, o que, porém, não gerou uma cultura política cidadã voltada para a participação e aumento dos estoques de capital social. Os resultados mostram que não há uma tendência de participação política por parte dos entrevistados e há forte valorização do voto personalista. Outra característica é a falta de confiança dos respondentes nas instituições políticas (municipal, estadual e federal). Considerando isso, este paper analisa se existe uma relação entre a materialização de uma democracia mais desenvolvida institucionalmente e a cultura política dos eleitores da cidade.
As instituições democráticas brasileiras sofrem com altos níveis de desconfiança, acarretados por indiferença política ou ineficiência institucional diante de demandas sociais, corrupção, fraude ou desrespeito de direitos de cidadania. Todos esses fatores influenciam diretamente o funcionamento e a qualidade da atual democracia brasileira. Levando isso em consideração, este artigo tem como objetivo verificar longitudinalmente a evolução da confiança nas instituições brasileiras e verificar o apoio à democracia entre 1995 e 2018.
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