Os autores analisaram os signif icados dos estereótipos sobre a "raça negra" através do futebol. Simbolizados através das imagens de "macacos" ou inscritas no "mundo natural/animal", quais sentidos assumem os estereótipos construídos sobre a "raça negra" que têm sido acionados através do futebol brasileiro? Para tanto, observaram as ofensas que ocorreram nos estádios no hiato de 2005 até 2011 e concluíram que o fato dessas representações terem emergido num momento de conflito revela que "raça" é uma moeda acionada diante da isonomia das regras civis ou esportivas relembrando as "diferenças" daqueles que estão inscritos em país igualitário e liberal.
Este artigo objetiva compreender os significados de uma partida de futebol entre jogadores autodeclarados pretos e brancos que ocorreram em São Paulo, no dia 13 de Maio, data comemorativa do fim da escravidão: o jogo "Preto x Branco". Para tanto, concentramo-nos nas matérias jornalísticas publicadas pelos principais periódicos de São Paulo entre os dias 10 a 15 de Maio entre 1927 até 1939, período de realização dos jogos. Além dos jornais, foi visitado o museu da Federação Paulista de Futebol que disponibilizou as informações necessárias para entendermos a trajetória desses jogos. Concluímos que a idealização de uma partida dessa natureza no dia "13 de maio" teria como função, além de prevenir do esquecimento e manter viva a lembrança da escravidão, reforçar a imagem de um país que era tomado como um modelo a ser seguido no que diz respeito ao tema étnico-racial.
Os autores analisaram as representações socialmente construídas sobre a “raça negra” e a sua contribuição para a elaboração identitária do “estilo brasileiro de jogar futebol”. Investigaram a literatura antropológica do tema e realizaram entrevistas semi-estruturadas com os treinadores das categorias de base e profissional, questionando-os se reconheciam diferenças nas formas de jogar no Brasil, em função das diferentes regiões. As respostas atualizam a tradição do “estilo à brasileira” – o futebol-arte – polarizando-o futebol-força. As justificativas sobre a estética do estilo brasileiro se valeram da ideologia da mestiçagem e da participação dos negros nesse processo.
O presente estudo realiza uma problematização sobre o ensino da capoeira na escola, cuja manifestação cultural e os elementos de roda e ofício dos mestres são reconhecidos como patrimônio cultural imaterial da cultura brasileira desde 2008. Foi possível observar uma desarticulação entre o reconhecimento de um patrimônio cultural com as políticas educacionais em nosso país, mesmo com a sanção de leis que amparam o ensino da capoeira na escola, como a Lei 10.639/2003 e a Base Nacional Comum Curricular. O ensino da capoeira e o conhecimento sobre sua relação histórica com o Brasil deveriam ser amplamente abordados nas escolas brasileiras, principalmente dentro da Educação Física escolar.
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