O objetivo do estudo é refletir sobre a relação entre a profissionalização no futebol e a escolarização. O Brasil exportou para o exterior nos últimos seis anos 6.648 jogadores. Deste contingente emigraram para Europa 3.593, isto é, 54,0% do total. Argumentamos que estamos diante de uma agência que: recruta jovens do sexo masculino, em geral das camadas populares, para atuarem no mercado interno ou externo do futebol; e se configura num tipo de negócio que dá base à criação de uma indústria de formação profissional, que pode estar em competição com a escolarização básica dos jovens aspirantes a atletas profissionais.
O estudo teve como objetivo descrever o perfil escolar de atletas que atuam no Estado do Rio de Janeiro e que se encontram no período da escolarização básica. O estudo teve uma abordagem quantitativa e qualitativa. Foram realizadas entrevistas estruturadas com amostra não probabilística composta por 417 jogadores das categorias de base, inscritos no ano de 2009 na Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro e 30 entrevistas semiestruturadas. Os resultados apontaram que os atletas permanecem na escola, todavia a troca de turno escolar e o baixo capital cultural podem afetar negativamente a sua trajetória escolar. A profissionalização no futebol torna-se um projeto familiar e talvez incida sobre o foco que o atleta tenha sobre o processo de escolarização. Os dados sugerem que quanto maior os investimentos do atleta na carreira, maior será a probabilidade de secundarizar os investimentos escolares.
This study seeks to survey students' perception of physical education classes in high school, the central issue being: Is the curricular experience of physical education perceived as positive by the students? For such an investigation, we conducted a survey using a sample of 1,084 from a population of 8,157 high school students in the state school network in the Petrópolis municipality. The literature on the theme shows the majority of students' views that physical education as a positive experience. Our research confirms this perception and presents an advance in relation to the other research works on this theme: the creation of an Indicator of Satisfaction with Physical Education (ISPE). We verified that gender, skill in sports, practicing sports or physical activity outside school, participation in the choice of class content, and absence of disorganization in the class, exert strong impact on chances of satisfaction with physical education.
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