Resumo: Introdução: A pandemia causada pelo novo coronavírus (Covid-19) promoveu mudanças em todo o mundo, gerando modificações na estrutura organizacional do ensino superior. A educação médica teve que suspender atividades presenciais e estágios práticos, e adotar a metodologia de ensino a distância e avaliações on-line para os discentes de Medicina. Objetivo: Discorrer sobre o impacto da pandemia na saúde mental dos universitários e na educação médica. Método: Trata-se de uma revisão de literatura realizada nas seguintes bases de dados: Scientific Electronic Library Online (SciELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE). Utilizaram-se, na busca de artigos, os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “saúde mental”, “pandemia”, “educação superior”, “estudantes” e “Covid-19”. Foram considerados estudos com seres humanos e estudos de literatura publicados de 2018 até o momento do levantamento de dados. Resultado: Nas bases de dados, encontraram-se 1.473 artigos que foram submetidos aos critérios de inclusão e exclusão. Desconsiderando a duplicidade em outras bases de dados, obtiveram-se 43 artigos, dos quais 31 foram utilizados nesta revisão de literatura. Tem-se um grande número de estudos experimentais sobre a educação superior que são úteis na disseminação de conhecimento e possibilidade de replicação. Os dados referentes à saúde mental dos estudantes universitários abordam aspectos sobre a presença de transtornos psiquiátricos relacionados à temática, como depressão, ansiedade, e estresse pós-traumático, a partir de testes de triagem diagnóstica, nas variações presencial e on-line. Conclusão: Como os estudantes de Medicina apresentam incertezas sobre o futuro de sua formação em decorrência dessas transformações, são submetidos a uma carga emocional que causa/deflagra danos à saúde mental deles. Existem ainda dúvidas sobre os reflexos desse contexto no período “pós-Covid” e seus impactos na educação médica, assim como sobre a manutenção de medidas adotadas em tempos de crise.
Introdução: a Síndrome de Fraser é caracterizada por presença de criptoftalmo, sindactilia, anormalidades da genitália e outras malformações congênitas do nariz, ouvido ou laringe, defeitos esqueléticos, hérnia umbilical, agenesia renal e retardo mental. É uma expressão fenotípica que depende da consanguinidade dos pais. Apresentação do caso: paciente do sexo feminino, três meses de idade, em acompanhamento no centro de referência oftalmológica da Faculdade de Medicina da Universidade São Paulo. Na ultrassonografia de abdome total, foi apenas evidenciada presença de hérnia umbilical simples. Discussão: a prevalência é igual entre os sexos e a doença pode ser diagnosticada à ultrassonografia pré-natal e fetoscopia ou no momento do nascimento frente às alterações apresentadas pelo paciente, por critérios maiores e menores. O tratamento é multidisciplinar e dependente das malformações presentes, assim como o prognóstico, que é pior em casos de malformações urogenitais e laríngeas graves. Conclusão: os médicos devem estar atentos, para as manifestações clínicas e o diagnóstico preciso, oferecendo tratamento adequado e aconselhamento genético aos casais.
O câncer do colo do útero (CCU) é um problema de saúde pública com altos índices de mortalidade. A principal estratégia de prevenção é o exame citopatológico (ECp), conhecido como teste Papanicolaou. Assim, o objetivo deste trabalho é avaliar o conhecimento das mulheres de Anápolis-GO sobre o exame Papanicolaou no que se relaciona à finalidade do exame, sua relação com CCU e a infecção pelo papiloma vírus humano (do inglês Human Papiloma Virus, HPV), bem como a adesão das mulheres, nível de cobertura e principais fatores relacionados a não realização do exame. Se trata de um estudo transversal, descritivo e quantitativo, realizado por meio de questionário semiestruturado, na forma de entrevista. Foram entrevistadas 577 mulheres, faixa etária prevalente de 34 a 49 anos, casadas, ensino médio, e número de filhos menor que três. 93,6% das mulheres já ouviram falar do ECp e suas finalidades, porém uma minoria relacionou HPV a CCU. A maioria das mulheres realizam o exame anualmente, entretanto não sabem informar no mínimo dois cuidados relacionados ao preparo para o exame, e a principal motivação da realização é recomendação médica/exame de rotina. Quanto aos motivos de não realização, os mais citados foram dificuldades para realização do exame e não solicitação do médico. Conclui-se que apesar da prática do ECp ser abrangente entre as mulheres, os profissionais de saúde devem interagir de maneira mais efetiva estabelecendo vínculos de confiança que se sobreponha os motivos de não adesão e que garanta maior acesso da população a informações sobre o CCU.
Resumo INTRODUÇÃO: A Doença de Paget é uma doença crônica inflamatória do osso. A degeneração sarcomatosa dessa doença é rara, chegando a 1% e o tipo histológico mais comum é o osteossarcoma. APRESENTAÇÃO DO CASO: Paciente com 66 anos, masculino, com diagnóstico de Doença de Paget há 20 anos, apresenta deformidade em fêmur direito, relata piora da dor há 5 meses. Radiografia com sinais de malignidade confirmados na RNM, na qual havia expansão das partes moles, ruptura da cortical óssea com osteólise agressiva. Histopatológico confirmando osteossarcoma. DISCUSSÃO: A Doença de Paget é um distúrbio ósseo crônico que resulta na renovação óssea acelerada e desordenada, acomete, principalmente, o esqueleto axial, o crânio, os fêmures e as tíbias. A maioria dos pacientes com Doença de Paget é assintomática, sendo o diagnóstico, muitas vezes, tardio e acidental. É a segunda doença osteometabólica mais comum, ficando atrás da osteoporose. A doença de Paget afeta cerca de 3-4% da população acima dos 40 anos de idade, sendo que sua prevalência aumenta com a idade. O osteossarcoma secundário à doença de Paget é raro, estima-se que ocorra em menos de 1% das pessoas com doença óssea de Paget. Dor, edema e fratura são manifestações iniciais. Achados radiográficos iniciais geralmente mostram uma lesão lítica em expansão no osso. O tratamento do osteossarcoma secundário à Doença de Paget é principalmente cirúrgico que pode envolver a combinação de quimioterapia. A presença de comorbidades em idosos limita o uso da quimioterapia. Quando indicada, a quimioterapia geralmente é neoadjuvante e em terapia adjuvante CONCLUSÃO: Compreende-se que a Doença de Paget acomete principalmente idosos e que o prognóstico é ruim tanto em pacientes sintomáticos como em assintomáticos, devido a inflamação óssea e risco de evolução para osteossarcoma, porém o diagnóstico precoce pode trazer benefícios aos pacientes no controle da dor e com tratamentos mais conservadores, evitando a necessidade de amputações, com melhoria na qualidade de vida.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
customersupport@researchsolutions.com
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.