A presente dissertação visa a demonstrar como as teorias de Perelman e de Grácio, respectivamente sobre as estratégias argumentativas e a situação argumentativa, puderam ser operacionalizadas dentro do ciclo da pesquisa-ação realizada por nós, na área educacional, em 2013. A pequisa-ação requer o planejamento, a implementação e o monitoramento de uma ação, que, no presente trabalho, restringe-se ao discurso oral do professor em interação com o do aluno, o que configura nosso objeto de análise. Observaremos como este professor, que também ocupa o papel de orador, conforme concepção de Reboul, emprega na situação argumentativa em questão as diversas estratégias argumentativas, ao longo de sua ação pedagógica, para desencadear nesse auditório/aluno a adesão às teses que lhes são apresentadas. Para essa finalidade, serão utilizados dois trechos de aulas consecutivas, a respeito dos conceitos de "convencer" e "persuadir", em que é possível verificar de que maneira o discurso, que aqui será sinônimo de argumentação, desse orador/professor vai sendo constantemente readaptado, replanejado em função do auditório/aluno. Demonstrar como a operacionalização das teorias de Perelman e de Grácio ocorreu nessa pesquisa-ação tornou-se pertinente porque nos permite apontar como é possível criar condições técnico-científicas para que o professor revise sua prática pedagógica diária de maneira investigativa.
Ao estimado orientador, Prof. Dr. Paulo Roberto Gonçalves Segundo, pela confiança depositada em mim, pelas frequentes e esclarecedoras diretrizes de pesquisa, pelo irrestrito apoio acadêmico durante a realização deste trabalho, pelas conversas de incentivo, pela empatia, enfim, por receber-me sob sua orientação de maneira acolhedora, compartilhando saberes de modo realmente argumentativo.Aos caros professores Dr. Rui Alexandre Lalanda Martins Grácio, Dra. Vima Lia de Rossi Martins e Dra. Márcia Selivon pela leitura minuciosa e pelas valiosas contribuições a essa pesquisa.Às caras professoras Maria Lúcia da Cunha Victório de Oliveira Andrade, Renata Palumbo e Margibel Adriana de Oliveira por acrescentarem perspectivas enriquecedoras à tese. Ao professor Dr. Manoel Luiz Gonçalves Corrêa, pelos preciosos apontamentos feitos no exame de qualificação.Ao meu marido, Carlos Eduardo, pelo amor incondicional, zelo, paciência e apoio à realização de um sonho.Aos meus pais, William e Lecy, minhas irmãs, Calina e Carine, e meu sobrinho Arthur por apoiarem-me incondicionalmente nessa jornada acadêmica.À minha sogra, Maria José, e cunhada, Mariana, pelo zelo, atenção e carinho em todos os momentos dessa caminhada.À minha querida prima Erika por ouvir-me e incentivar-me sempre.Ao prof. Antonio Henriques, colega do grupo de pesquisa GERAR, pela afetuosa amizade.Ao colega Francisco Leite, do grupo de pesquisa GERAR, que compartilhou comigo conhecimentos teológicos.Ao amigo André, pelas contribuições na área do Cinema.Ao colega Silvio, pelas referências na área do Direito.Ao amigo Dante Augusto, pelos diálogos acadêmicos enriquecedores.Ao amigo Marcelo Augusto, pelos sólidos laços de amizade que não se abalaram nem mesmo com a minha ausência nessa caminhada acadêmica.Aos queridos amigos Natália, Dafne, Talita, Gabriela e Rodrigo pelos ricos momentos compartilhados e pelo apoio constante. Se as coisas são inatingíveis ... ora! Não é motivo para não querê-las... Que tristes caminhos, se não fora A presença distante das estrelas! Mário Quintana Das Utopias RESUMO CAPITANI, Camila Alderete. Articulações entre o ensino-aprendizagem de Argumentação e de Literatura: caminhos retórico-interacionistas a partir do Auto da Compadecida. 421f. Tese
Em tempos de extremismos e polarizações, relações sociais são rompidas porque as pessoas atribuem a suas opiniões o status de verdade absoluta. Assim, não conseguem lidar com o dissenso, administrar conflitos, aceitar diferenças e respeitar o direito do outro ao questionamento. Nesse cenário, a argumentação emerge como “terceira via”, pois se coaduna a uma atitude pautada pela negociação da diferença entre os sujeitos. Desenvolver, portanto, a capacidade desses sujeitos manifestarem, de modo argumentativo, suas perspectivas, discernindo de maneira crítica e analítica os posicionamentos em voga a fim de posicionarem-se e contra-argumentarem parece-nos premente no espaço escolar. O presente artigo instala-se nesse contexto e visa a responder como a análise retórico-interacionista de uma obra literária, tal qual o Auto da Compadecida, pode ser mobilizada em sala de aula para criar situações de ensino-aprendizagem problematizadoras, que possibilitem ampliar a competência argumentativa dos discentes no ensino básico.
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