O carcinoma adenoide cístico é uma neoplasia maligna rara, de crescimento lento, caracterizada por prognóstico reservado, devido a sua agressividade e grande potencial recidivante. Neste relato, apresentamos uma paciente portadora de carcinoma adenoide cístico em maxila, submetida à ressecção cirúrgica com margens amplas e reconstrução da maxila com tela de titânio. Evoluiu com deiscência de ferida e exposição de tela, sendo utilizado o retalho de músculo temporal para cobertura de defeito no terço médio da face. Devido a complexa configuração da maxila, a reconstrução dos defeitos pós-excisionais ainda representam um desafio para os cirurgiões plásticos e cirurgiões de cabeça e pescoço.
As reconstruções da parede torácica são procedimentos desafiadores e complexos. Embora o retalho de omento tenha sido descrito na literatura antes do músculo peitoral maior para o tratamento de feridas esternais, geralmente ele é um retalho utilizado como último recurso. Neste relato de caso, apresentamos uma paciente portadora de infecção crônica de ferida operatória após ressecção e reconstrução de esterno com prótese devido a metástase de neoplasia de mama bilateral. História prévia de setorectomia da mama direita, mastectomia radical da mama esquerda, radioterapia bilateral, reconstrução tardia com o TRAM e posterior esternectomia para tratamento de metástase esternal, impossibilitaram o uso de retalhos cutâneos e musculares da região, optou-se pela reconstrução com transposição do retalho de omento bipediculado e cobertura com enxerto de pele parcial. O retalho de grande omento mostrou-se como uma boa opção diante de suas propriedades vasculares e imunológicas.
O PMMA é um produto de caráter permanente, sendo constituído por microesferas de superfície irregular e não fagocitáveis, capaz de gerar reações adversas locais que podem resultar em cicatrizes definitivas e inestéticas na face, causando prejuízos físicos e psicológicos aos pacientes. A reconstrução labial representa um desafio ao cirurgião plástico devido à sua complexidade funcional e estética no segmento inferior da face. O presente estudo traz o relato de caso de uma paciente que foi submetida ao tratamento estético da face com uso de PMMA, evoluindo com reação de corpo estranho anos após a aplicação, sendo necessário tratamento cirúrgico com ressecção e reconstrução labial com retalho de Abbé.
O uso de preenchedores tem se popularizado como alternativa aos procedimentos cirúrgicos, por serem menos invasivos. O polimetilmetacrilato (PMMA) tem sido usado como preenchedor devido ao seu baixo custo, durabilidade e fácil acesso. Entretanto, já existem na literatura vários relatos de complicações do uso desta substância para preenchimentos na face. Demonstrou-se que o PMMA provoca uma reação granulomatosa inflamatória local e suas complicações podem ser desde uma rigidez dos tecidos locais variando até edema, eritema e formação de nódulos. O presente estudo baseia-se numa série de cinco casos de pacientes que foram submetidos aos preenchimentos na face em regiões de sulco nasogeniano, pálpebra inferior, arco zigomático, região malar e glabelar, com complicações tardias, variando de 5 a 16 anos depois da aplicação. Todos os casos necessitaram de abordagem cirúrgica para remoção do PMMA, uma vez que a resposta à corticoterapia local foi insatisfatória.
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