Objetivo: identificar a frequência e justificativa para a realização da episiotomia em partos assistidos por residentes em enfermagem obstétrica. Método: estudo descritivo e retrospectivo, realizado no período de outubro a novembro de 2016, em uma maternidade pública do município de São Paulo. A população do estudo foi constituída por 884 parturientes de baixo risco. Para análise estatística, utilizou-se o teste Qui-Quadrado. Resultados: a episiotomia ocorreu em 174 (19,7%) partos e em 512 (59%) houve lacerações perineais. A integridade perineal foi mantida em 187 (21,4%) partos. As principais indicações estiveram relacionadas às condições do períneo: 54 (58,1%) por rigidez perineal, 22 (23,7%) períneo curto e 19 (20,4%) eminência de laceração grave. Conclusão: a prática de episiotomia entre residentes está acima do recomendado pela OMS e, com relação às justificativas apresentadas, há discrepância com as mundialmente utilizadas, trazendo reflexões acerca do modelo de formação e do distanciamento entre teoria e prática.
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