Estomas intestinais provocam transformações no corpo e geram necessidades de cuidados específicos e contínuos que implicam em internações hospitalares e cirurgias. Nesse contexto, aplicou-se o conceito de vulnerabilidade da família com objetivo de identificar a vulnerabilidade da família que convive com a criança que apresenta estomia intestinal. Trata-se de estudo qualitativo, em que foram entrevistadas mães de crianças com essa condição crônica. Utilizou-se a análise de narrativa subsidiada pelo conceito de vulnerabilidade de família. Os resultados apontaram que as famílias têm experiências anteriores marcantes associadas à condição dos filhos, vivem sozinhas o cuidado das crianças e buscam maneiras de controlar a situação e resgatar sua autonomia, esperando a reversão do estoma. A partir do conceito de vulnerabilidade, percebeu-se que essas famílias podem ser consideradas vulneráveis, pois passam por ameaça em sua autonomia, mas são movidas pela esperança da reversão e reconstrução do trato intestinal da criança.doi: 10.5216/ree.v16i2.26639.
Cuidar de uma criança estomizada provoca impactos na família e gera grande demanda de cuidados permanentes e específicos. Esse estudo teve como objetivo compreender a experiência da família de crianças e adolescentes que têm estomias gastrointestinais. Trata-se de estudo qualitativo, em que se utilizou o Interacionismo Simbólico como referencial teórico e a análise de narrativa como método, a fim de apreender a experiência da família. A análise dos dados aponta que as famílias passam por processo dinâmico frente a indicação da necessidade da realização do estoma. A aceitação da condição que no filho é progressiva e, mesmo diante das dificuldades, os familiares apontam otimismo e almejam reinserção deste filho na sociedade, preferencialmente sem dispositivo. Os resultados deste estudo possibilitam aprofundar o conhecimento acerca da experiência da família neste contexto, e isso permite melhorar o atendimento de saúde, avançando nas questões da assistência de enfermagem. Neste contexto, o estudo destaca a necessidade de apoio de uma rede estruturada para a família para acompanhar, orientar e sanar dúvidas existentes do processo de colocação e cuidado ao estoma.
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