O objetivo deste estudo foi identificar o perfil epidemiológico de pessoas com úlceras neurotróficas decorrentes de hanseníase, por meio de um estudo clínico com abordagem quantitativa, caracterizado pelo uso da quantificação na coleta de dados e consequente tratamento por técnicas estatísticas. Sendo realizada nas dependências do Centro Maria Imaculada, referência para hanseníase no município de Teresina, região Nordeste do Brasil. A média de idade foi de 54,4 anos, 70% participantes eram do sexo masculino, 60,0% possuíam menos de oito anos de estudo formal, a renda de 60% da renda mensal era constituída por aposentadoria e 50% recebiam dois salários-mínimos mensalmente, a raça de 50% era parda e o Piauí foi o estado de residência de todos e 70,0% dos indivíduos tinha a HAS como comorbidades associada. O tempo médio de evolução da úlcera neurotrófica foi de 101,8 meses e 30,0% das lesões eram no hálux. Estes achados refletem o perfil de indivíduos com diversas limitações e situações socioeconômicas desfavoráveis, que reforçam a associação entre pobreza e hanseníase gerando necessidade de capacitação contínua dos profissionais de saúde que prestam assistência aos pacientes com hanseníase, em todos os níveis de atenção à saúde.
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