Introdução: A Organização Mundial de Saúde define Cuidados Paliativos (CP) como uma abordagem multidisciplinar que visa melhorar a qualidade de vida de pacientes e familiares que enfrentam doenças ameaçadoras da vida, por meio da prevenção e alívio de sofrimento, identificação precoce e tratamento da dor e dos demais problemas físicos, psicológicos e espirituais 1. Pacientes oncológicos, cujos tratamentos não possuem propostas curativas, devem ser assistidos pela equipe de CP. Esses pacientes enfrentam, frequentemente, complicações clínicas como distúrbios hidroeletrolíticos, hemorragias, desidratação, dentre outras, sendo geralmente necessárias vias parenterais para administração de fluidos e medicamentos. Estes pacientes geralmente possuem importante fragilidade venosa. A hipodermóclise permite a administração de soluções e fármacos e evita punções venosas repetidas. Tal via apresenta a mesma eficácia da endovenosa, além de estar associada a menos eventos adversos. Objetivo: Analisar o uso de hipodermóclise em pacientes oncológicos, com critérios para CP, internados em dois hospitais de Belo Horizonte. Métodos: Análise dos prontuários de 101 pacientes com o perfil do estudo, internados em 2017 e 2018 e avaliação das variáveis sócio-demográficas, clínicas e da utilização de hipodermóclise. Resultados: A hipodermóclise foi utilizada em 15,8% da amostra total, sendo que 97% dos pacientes necessitaram de via parenteral durante a internação. No Hospital das Clínicas, o índice de utilização foi maior em relação ao Hospital Alberto Cavalcanti, sendo 22,8% e 6,8%, respectivamente. Conclusões: O índice de utilização de hipodermóclise nas instituições pesquisadas ainda é baixo. A instituição que possui equipe de CP apresenta maior uso da via subcutânea.
Resumo Objetivo Avaliar a capacidade da Clinical Frailty Scale (CFS) em predizer a mortalidade em até 90 dias e outros desfechos desfavoráveis em idosos admitidos em um Serviço Hospitalar de Emergência (SHE). Método Estudo de coorte prospectivo que incluiu idosos admitidos e que permaneceram por pelo menos uma noite no SHE de um hospital público terciário. O grau de fragilidade basal foi avaliado através da CFS e sua pontuação, o preditor estudado, por meio da curva Receiver Operator Characteristics (ROC). Analisou-se como desfecho primário a mortalidade em 90 dias. Considerou-se como desfechos secundários: mortalidade em 180 dias, declínio funcional, readmissão no SHE, reinternação e necessidade de atenção domiciliar. Resultados 206 participantes foram incluídos. Dos 127 idosos frágeis, 40 (31,5%) faleceram até o 90º dia comparado a 5 (6,3%) do grupo não frágil (p<0,001). Após ajuste para variáveis demográficas e clínicas, a fragilidade manteve-se no modelo como um preditor independente de mortalidade em 90 dias da admissão. A acurácia obtida pela curva ROC (AUROC) para predição de mortalidade em 90 dias foi de 0,81. Para mortalidade em 180 dias foi 0,80; para necessidade de atenção domiciliar, 0,77; e para reinternação, 0,65. Para os demais desfechos estudados, a acurácia não foi significativa. Conclusão A fragilidade basal medida pela CFS é um bom preditor de mortalidade em 90 e 180 dias e de necessidade de atenção domiciliar em idosos admitidos no SHE. Sua aplicação nesse cenário pode auxiliar na tomada de decisões clínicas.
Many patients with terminal illness stay for many days in hospitals receiving intensive painful therapies, which, usually, result in a short life extension in spite of worsening life quality. However, the Palliative care team longs to prioritize symptoms control, emphasizing the patient's and family's comfort. This study aims to analyze the use of intensive therapies in patients with cancer, with criteria for palliative care, hospitalized in two hospitals in Belo Horizonte. The Methodology: it was selected patients with cancer without a curative therapeutic approach, hospitalized in Hospital das Clínicas and in Alberto Cavalcanti Hospital. The first hospital has an active palliative care team. The second one has a palliative team but only for home care, it does not have one in the hospital. The patients' selection, for the convenience, was made through visits to hospital wards. The data was collected through the medical records. The variations evaluated were: use of vasoactive amine, days in intensive care units, mechanical ventilation, orotracheal intubation, cardiopulmonary resuscitation and number of hospital discharges. Results: the number of hospital discharges was greater in Hospital das Clínicas than Alberto Cavalcanti Hospital (p-value: 0,033). The other parameters analyzed were not statistically significant. Conclusion: the greater number of hospital discharges in the Hospital das Clínicas may be associated with the active palliative care team performance, which contributes to disseminating the culture of emphasis on comfort for this group of patients.
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