O lugar da mulher nas sociedades nunca esteve tanto em evidência como neste século, embora as discussões não tenham sido inauguradas agora. O presente trabalho faz um percurso de análise da representatividade de autoria feminina nas políticas públicas voltadas para o livro literário, especialmente em torno dos livros aprovados pelos Plano Nacional de Materiais e Livro Didático (PNLD) literários, do edital do ano de 2018. Com efeito, tecemos um diálogo entre a literatura infantil, a presença e a legitimação da autoria femininas, em uma historiografia com marcas de jogo simbólico e forças de gênero. Delineamos um caminho que buscou tanto quantificar as obras de autorias femininas como problematizar os critérios avaliativos do PNLD e a recorrência e predominância de algumas obras. Assim, notamos que a luta pelo lugar nas produções artísticas literárias ainda é progressiva e lenta, mas os resultados são expressivos e marcados na história.
Esta pesquisa aborda a Literatura Infantil a partir de um diálogo entre a leitura escolarizada e os critérios pedagógicos da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Trilha-se uma análise que protagoniza o leitor-literário infantil e o lugar da literatura no documento em pauta. Com efeito, contribui-se com noções reflexivas de as escolhas literárias devem levar em consideração um leitor infantil em formação, com aspectos cognitivos e psicossociais típicos de cada idade ou etapa de ensino, (não) possuidor de repertórios literários e imbricado de suas práticas sociais.
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