Resumo Este artigo trata de uma pesquisa quantitativa, descritiva e analítica da população brasileira em isolamento social (IS) durante pandemia do novo coronavírus, com o objetivo de identificar preditores de estresse psicossocial com dados recolhidos por questionário on-line nas redes sociais em abril de 2020. Do total de 3.836 pessoas participantes, prevaleceram: mulheres (2.821; 73,5%); faixa etária de 30 a 39 anos (1.101; 28,7%); com pós-graduação (2075;54,1%); estando em IS (3.447; 89,9%). Houve diferença significativa pelo fato de as pessoas estarem em IS: sentir medo de serem infectadas pelo coronavírus (p<0,001); preocupação se alguém precisava sair de casa (p<0,001); rotina modificada após o IS, destacando “entretanto conseguiram se adaptar à nova realidade”, comparado aos que “tiveram a rotina alterada sem conseguir se adaptar” (p<0,001); tristeza ou preocupação, fazendo outras atividades como exercício físico, práticas religiosas, atividades lúdicas (p<0,001); e não pensaram numa solução para esse problema (p<0,001); além de mudança no padrão de sono (p=0,006). Os achados revelam a necessidade de discussão ampliada dos determinantes sociais da saúde, que devem envolver não só a doença, mas levar em consideração as relações sociais, as manifestações culturais e a economia, que podem impactar a saúde mental das pessoas.
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