O artigo aborda a apropriação da Língua Portuguesa por imigrantes egressos de um Curso de Extensão de Língua Portuguesa enquanto Língua de Acolhimento (PLAc), ofertado pelo IFRS-Campus Bento Gonçalves, refletindo-se sobre a proficiência linguística desse alunado. A pesquisa qualitativa, de caráter descritivo, deu-se por meio de entrevistas semiestruturadas realizadas com três imigrantes haitianos residentes no município de Bento Gonçalves-RS e analisadas a partir dos descritores do Quadro Europeu Comum de Referência (QECR, 2001), com foco para a produção oral dos sujeitos. A partir dos resultados, é possível afirmar que os sujeitos apresentaram progressão na fluência em língua portuguesa, já que, de forma geral, cumpriram o proposto pelos descritores do nível A1 e A2 do QECR (2001), em termos de produção oral. Esses resultados revelam, ainda, que o objetivo do Curso de Extensão, que é promover um aprendizado da língua que permita aos sujeitos comunicar-se em situações cotidianas de interação social, vem sendo alcançado.
As migrações forçadas têm ocasionado a presença cada vez maior de estudantes deslocados forçados no sistema de ensino brasileiro. O objetivo deste artigo é abordar os desafios enfrentados no acolhimento e no ensino de alunos imigrantes e refugiados matriculados na Educação Básica, a partir da perspectiva docente, em dois municípios da região da Serra do Rio Grande do Sul. A pesquisa, de caráter quantitativo e qualitativo, discute o ensino de Português como Língua de Acolhimento e a formação de professores em uma perspectiva plurilíngue (CURSINO, 2020; LOPEZ, 2020). A análise dos dados é realizada por meio da Análise de Conteúdo (BARDIN, 2011). Os resultados evidenciam a necessidade de formação docente para o ensino de língua portuguesa para imigrantes e refugiados ainda nos cursos de licenciatura e a concretização de políticas públicas para o acolhimento desse público. Ao final do artigo, sugerem-se algumas ações a fim de promover a aprendizagem e a integração desses estudantes à sociedade brasileira.
O artigo aborda o ensino da língua portuguesa para imigrantes haitianos desenvolvido no Curso de Extensão para imigrantes e refugiados do IFRS-Campus Bento Gonçalves. A abordagem teórica que ampara a proposta metodológica do curso é a de língua de acolhimento, dada a condição desses sujeitos, que chegam em situação de vulnerabilidade social, geralmente com pouquíssimos recursos financeiros e desgastados pelo processo migratório, agravado, ainda, pelo rompimento dos laços familiares, linguísticos e culturais. A pesquisa, de caráter exploratório, realizou um estudo de caso com os participantes do Curso, com aplicação de questionário, em que se buscou traçar o perfil sociocultural do grupo investigado. Os resultados permitem conhecer melhor os imigrantes, suas reais necessidades em relação à língua portuguesa, e auxiliam no delineamento de metodologias de ensino e materiais didáticos apropriados à turma, tornando o processo de ensino e de aprendizagem mais significativo e contribuindo, assim, para a integração social deles. Palavras-Chave Imigrantes e refugiados. Língua portuguesa. Língua de acolhimento.
O artigo aborda o cancioneiro popular italiano representativo da emigração para a América, ocorrida no fim do século XIX, tomando por base teórica os conceitos de Zumthor (1993, 2007, 2010) sobre poesia oral, vocalidade, performance e movência. Procura discutir como essas canções são atualizadas e ressignificadas no momento da performance, transpondo a circunstância histórica em que foram produzidas. Ao serem trazidas para o Brasil pelos migrantes, algumas caíram no esquecimento, outras originaram novas versões que garantiram sua permanência na memória do grupo social. Para tal análise, foram selecionadas duas canções performatizadas por Caterina Bueno, intérprete e pesquisadora que se dedicou à coleta e recuperação da música popular italiana.Palavras-chave: Cancioneiro popular italiano. Vocalidade. Performance.
O artigo apresenta uma análise comparativa da história O patinho feio, de Andersen, com base nos estudos de Éstes (1999) e Bettelheim (2002), a fim de demonstrar como a linguagem simbólica dos contos de fadas pode auxiliar a criança a tornar-se um adulto mais preparado no enfrentamento dos desafios e mais pleno na sua existência. A partir de elementos presentes no conto, aborda-se a questão do pertencimento, a descoberta da identidade e as representações da maternidade na personalidade de algumas mulheres.
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