Ainda que o acolhimento seja uma tecnologia que tem início na porta de entrada do serviço, deve se estende por todo o processo de produção de saúde(MOTA; PERUCCHI; FILGUEIRAS, 2014), não devendo ser aceito apenas como um ato inicial, que se faz somente na porta de entrada, mas deve ser consideradocomo vínculo de compromisso entre os profissionais e a população, afirmando a solidariedade com o próximo (OLIVEIRA, 2010).

Objetivo: compreender o processo de desinstitucionalização e as novas possibilidades no cotidiano dos familiares de egressos (as) de um hospital psiquiátrico. Método: estudo qualitativo de caráter exploratório e descritivo, desenvolvido com cinco familiares de egressos (as) de um Hospital Psiquiátrico no interior da Bahia. Para coleta de dados utilizou-se a Técnica de Associação Livre de Palavras (TALP) e a entrevista semiestruturada e para análise, a Análise de Conteúdo. Resultados: o processo de desinstitucionalização dos (as) usuários (as) ocasionou nos familiares medos, apreensão e atitudes de não aceitação. O trabalho da equipe de desinstitucionalização permitiu a (re)aproximação e (re) construção dos vínculos afetivos. Conclusão: o processo de desinstitucionalização é complexo, deve envolver profissionais e gestores a sensibilizar e estimular reflexões e ações que fortaleçam o cuidado aos (as) egressos (as) e familiares.

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Este é um estudo descritivo, qualitativo, do tipo relato de experiência, acerca da intervenção realizada pela terapeuta ocupacional residente do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde Coletiva com Ênfase na Primeira Infância no Contexto do Zika Vírus nas consultas de puericultura e salas de espera de uma unidade básica de saúde (UBS) da cidade de Salvador (BA). A intervenção teve como objetivo desenvolver ações conjuntas de terapia ocupacional e enfermagem para avaliação e acompanhamento do desenvolvimento infantil. Foi confeccionado um kit de avaliação e estimulação do desenvolvimento infantil para ser utilizado durante as consultas de puericultura e nas salas de espera com os cuidadores, com o intuito de abordar sobre a vigilância do desenvolvimento infantil. Para posterior análise reflexiva, utilizou-se o diário de campo. Foi identificada a baixa adesão dos profissionais da unidade de saúde para realização da abordagem multidisciplinar, com exceção da enfermeira responsável pelas consultas de puericultura. No entanto, no que concerne aos usuários, foi perceptível um maior envolvimento dos pais e/ou cuidadores no reconhecimento da importância da vigilância do desenvolvimento infantil por meio do aumento da assiduidade às consultas de puericultura e do interesse em entender e aplicar o conteúdo existente nas cadernetas de saúde da criança para promover o estímulo ao crescimento e desenvolvimento em cada fase de vida da criança. A lógica organizacional da unidade de saúde é fragilizada, porém, conclui-se que a intervenção resultou em direcionamentos para um melhor acolhimento, vínculo, ambiência e clínica ampliada.