A costa do estado do Pará estende-se por 562 km e conta com 123 comunidades pesqueiras artesanais, distribuídas ao longo de 17 municípios costeiros. Nesta região do estado destaca-se a presença de manguezais, igarapés, rios e estuários. Todos esses fatores que favorecem a produtividade pesqueira dificultam de forma relevante o controle sistemático dos desembarques e, conseqüentemente, a obtenção de estatísticas de produção de pescado. Este trabalho tem como objetivo apresentar as estatísticas de produção pesqueira por espécie, em volume de desembarque, nas áreas estuarinas e marítimas do estado do Pará, e analisar as políticas pesqueiras para os sistemas de produção industrial e artesanal no período de 1997 a 2003. Para estimar as produções pesqueiras das áreas estuarinas e marítimas no Pará, foram controladas mensalmente as embarcações em atividade por tipo de aparelho de pesca utilizado e realizadas amostras dos desembarques de cada uma dessas combinações de embarcação/aparelho de pesca. Na área estudada, os municípios que concentram os maiores desembarques são Belém, Bragança e Vigia. As capturas de atuns e afins passaram a ter alguma representatividade a partir de 2000 e 2002, respectivamente nos municípios de Belém e Curuçá. As espécies ou grupos de espécies mais importantes em volume de captura são pescada amarela, gurijuba, serra, tubarões, pargo, pescada gó, caranguejo, bagre e camarão-rosa e, em valor econômico, lagostas, camarão-rosa e pargo.
A região do litoral norte do Brasil é caracterizada por apresentar uma linha de costa bastante diversa onde se localizam inúmeros sistemas estuarinos. Possui uma topografia baixa e aporte de grandes volumes de água doce, principalmente do Rio Amazonas, produzindo processos oceanográficos interdependentes e complexos, que exercem uma forte influência na distribuição dos recursos vivos da região. Um estudo sobre a produção, o esforço de pesca e a captura por unidade de esforço (CPUE) das principais espécies de peixes capturadas em currais-de-pesca no litoral amazônico do estado do Pará, durante o período de 1995 a 2002, foi realizado visando a fornecer subsídios para o gerenciamento adequado desta pescaria. Para tal foram analisados dados coletados pelo projeto ESTATPESCA, e através de entrevistas realizadas com pescadores e pessoas relacionadas com a atividade pesqueira em 15 municípios. A produção de pescado nos currais-de-pesca seguiu a mesma tendência da produção total desembarcada, com a captura máxima em 1998; a partir de 1999 apresentou uma tendência de produção decrescente com pequena recuperação em 2002. As espécies com maior participação relativa, em ordem decrescente, foram a pescada-gó (Macrodon ancylodon) 38 %, o bagre (Arius herzbergii) 10 %, o bandeirado (Bagre bagre) 6 %, a corvina (Micropogonias furnieri) 4 % e o peixe-pedra (Genyatremus luteus) 2 %. Os municípios com maior produção desembarcada foram Quatipuru (19,07 %), Curuçá (17,11 %), Bragança (12,12 %) e Marapanim (8,14 %). O esforço de pesca seguiu uma tendência de crescimento durante todo o período (1995 a 2002), com uma pequena redução em 2001 logo compensada em 2002. A produção anual e as CPUE's do bagre, bandeirado, peixe-pedra e pescada-gó apresentaram uma tendência de queda enquanto que a corvina manteve seus valores com pequenas variações ao longo do período. Os resultados da análise de variância da CPUE anual pelo teste H de Kruskal-Wallis para cada uma das cinco espécies foram significantes nível de α = 0,05. Foram utilizados os modelos logísticos linear de Schaefer e exponencial de Fox para se estimar os parâmetros da produção das principais espécies. O esforço aplicado sobre o bandeirado atingiu 166,6 % do ótimo estimado e a captura e a CPUE são, respectivamente, de apenas 58,6 % e
Cyanocyclas brasiliana (Deshayes, 1854) known only from the original very short description and reported from Pará state was recently rediscovered. This is the first occurrence of a native species of Cyrenidae (formerly Corbiculidae) in the Northeast Region of Brazil. Due to a lack of previous data C. brasiliana was initially confused with Corbicula largillierti (Philippi, 1844), an invasive species of Asian origin, which was introduced in South America in the 1970s and already recorded from the North and Northeast regions of Brazil. Ecological aspects are described. To aid identification, type material was studied.
The species Cyanocyclas brasiliana (Deshayes, 1854) is endemic to South America and occurs in northern Brazil, in the state of Amazonas, Pará and Piauí. The present study was carried out in the Parnaíba River estuary, Piauí, Brazil. The objective of this study was to verify the tolerance limit and survival of the freshwater bivalve Cyanocyclas brasiliana submitted to an increasing salinity gradient under laboratory conditions. The specimens (19.49 to 26.47 mm) were kept in containers with 2 liters of water with constant aeration and at a density of 2.5 animals per liter. 7 treatments (salinities of 0, 1, 2, 3, 4, 5 and 6) were performed with 5 replicates per treatment. In the first 36 hours there was no death of any individual; mortality started after 48 hours at 3, 4, 5 and 6‰; it was more significant from 72 to 96 hours for treatments ranging from 2 to 6‰ and every specimen for treatments of 2 and 3‰ died from 120 to 144 hours. LC50 ranges from 3.1 at 72 h and 3.3 at 84 h, so the limiting average salinity was 3.2‰ and this species is characterized as stenohaline. Lethal death time (LT50) was: 81.8, 82.3, 78.5, 61.1 and 63.5 h for salinities of 2, 3, 4, 5 and 6‰ respectively. This species does not support great variations in salinity under experimental conditions, being well adapted to survive in salinities between 0 and 1. Keywords: endemic, mortality, survival
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