Apenas recentemente a análise funcional do comportamento verbal vem ganhando importância na clínica comportamental, o que representa um paradoxo, uma vez que a terapia se dá quase que exclusivamente através da interação verbal terapeuta-cliente. Vários conceitos propostos por Skinner de análise do comportamento verbal podem ajudar a compreender o caráter disfuncional dos comportamentos verbais e sua influência sobre os comportamentos não verbais dos clientes. Dentre eles foram abordados no presente trabalho o conceito de audiência, audiência não punitiva, tatos distorcidos, mandos disfarçados, intraverbais, controle por regras, lapsos verbais, extensão metafórica do tato, significado pelo uso e treino em tatear o próprio comportamento e suas variáveis controladoras. A classificação do comportamento do cliente de acordo com tais conceitos fornece indícios relevantes acerca de suas variáveis controladoras, permitindo uma atuação do terapeuta no restabelecimento dos repertórios comportamentais dos clientes e do aperfeiçoamento dos repertórios verbais disfuncionais.
Quatro crianças com idades entre três anos e três anos e quatro meses participaram do estudo, que teve como objetivo investigar as condições de treino que favorecem o estabelecido no repertório de transposição entre comportamentos verbais de mandos e tatos quanto às posições direita/esquerda (Fase 1), na frente/atrás (Fase 2) e em cima/embaixo (Fase 3). Os estímulos utilizados foram pares de bonecos apresentados em um aparato experimental de papelão. Em cada uma dessas fases treinaram-se mandos com o par de bonecos, testou-se surgimento colateral de tato, sendo treinado, em seguida, o tato com o mesmo par de bonecos. Essa sequência era repetida com novos pares de bonecos até que o participante apresentasse 75% de acertos no teste de tato com dois pares. Caso esse critério fosse atingido, era iniciada uma nova fase. Os resultados obtidos mostraram que houve uma redução no número de pares de bonecos necessários para se atingir o critério de uma fase para outra em duas das crianças, tendo estas demonstrado dependência funcional nos primeiros testes de tato na Fase 3. O presente estudo sugere que o treino realizado pode favorecer o repertório de transposição. Palavras-chave: comportamento verbal, transposição, independência funcional, mando e tato.
Esta Tese de Doutorado possui por objetivo analisar e interpretar a política de pósgraduação lato sensu, a partir dos dispositivos legais emanados pelo Estado brasileiro, correlacionando-a às políticas de educação superior, bem como ao contexto político e sociocultural, no período de 1964 a 1985. Para tanto, recorreu-se à pesquisa exploratória, documental e bibliográfica. Identificou-se, dentre outros resultados, uma ampla rede social no país, que irá se consolidar desde antes do Golpe, em abril de 1964, ligada aos interesses multinacionais e associados, que exerceu influência em diversos setores da sociedade, inclusive na educação. Conclui-se que os dispositivos legais da pós-graduação lato sensu se originaram impulsionados pela qualificação docente da Carreira de Magistério Superior e que o setor privado se beneficiou desses dispositivos para ofertar cursos dessa modalidade, entretanto, orientados para outros campos de atuação.
Terapeutas têm acesso aos relatos dos eventos que ocorrem fora da sessão, e não aos eventos em si, tornando a precisão dos relatos fundamental à psicoterapia. O presente artigo tem como objetivo discutir como as regularidades descritas nos relatos de pesquisa básica em correspondência verbal podem ajudar terapeutas analítico-comportamentais a compreender variáveis que interferem na precisão dos relatos verbais. Este artigo teórico adotará como metodologia apresentar os conceitos fundamentais e os principais dados de pesquisa básica em correspondência verbal, os quais serão aplicados na compreensão de exemplos clínicos. Ainda com base nos exemplos, será discutido como algumas práticas de terapeutas podem afetar a correspondência verbal de seus clientes. Concluiu-se que o modo como são feitas perguntas solicitando os relatos, as consequências apresentadas pelo terapeuta aos comportamentos dos clientes e o modo com as regras são trabalhadas constituem-se em variáveis que afetam a correspondência verbal na clínica.
A maioria dos trabalhos sobre equivalência com participantes humanos resultou na formação de classes de equivalência independentemente das características dos estímulos empregados. Entretanto, uma série de estudos recentes utilizando a posição como dimensão relevante de estímulo mostrou resultados negativos, em sua maioria. O presente estudo pretendeu verificar se instruções que tornassem mais clara a tarefa dos participantes resultaria em melhor desempenho na formação de três classes de equivalência formadas pela posição relativa de nove quadrados compondo uma matriz três por três. Dez estudantes universitários que participaram do experimento receberam instruções mínimas. Onze outros receberam instruções adicionais instando-os a levar em conta nas próximas tentativas (tentativas de teste) o que aprenderam no decorrer do experimento (tentativas de linha de base). Dez participantes que receberam instruções adicionais e cinco que receberam instruções mínimas formaram as três classes equivalentes de posição. Deste modo parece evidente que as instruções adicionais facilitaram a formação de equivalência. Entretanto, o presente trabalho também difere dos anteriores em mais dois aspectos: 1) na utilização de uma cor diferente para cada classe, e 2) na permissão de um maior número de testes antes de concluir-se pela não formação de equivalência, favorecendo deste modo, mais extinção de respostas incompatíveis com as contingências programadas.
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