O artigo apresenta resultados da pesquisa de opinião realizada no Brasil sobre a percepção do isolamento social durante a pandemia de COVID-19. O questionário foi elaborado no Google Forms, disseminado por redes sociais, com questões sobre o perfil socioeconômico e fatores associados ao isolamento. Obteve-se uma amostra com 16.440 respondentes. Os dados foram analisados no software Stata 13. O convívio social foi o aspecto mais afetado entre pessoas com maior escolaridade e renda 45,8%, para pessoas de baixas renda e escolaridade, problemas financeiros provocam maior impacto 35%. Os que praticam atividade física revelaram menores níveis de estresse 13%, bem como uma maior normalidade no sono 50,3%. Pessoas que referiram residir em piores condições de habitabilidade, informaram disposição a permanecer menos tempo isoladas 73,9%. Dentre as pessoas que não estão isoladas (10,7% do total), 75,8% acredita que o isolamento social reduzirá o número de vítimas da COVID-19. Concluímos, que a percepção das pessoas quanto ao isolamento social como medida de mitigação da pandemia, varia conforme a renda, escolaridade, idade e sexo, porém a maior parte acredita que se trata da medida de controle mais indicada e estão dispostas a esperar o tempo que for necessário para contribuir com o enfrentamento à COVID-19.
Objetivo: avaliar a influência de elementos de bem-estar domiciliar na prática do isolamento social durante a pandemia da COVID-19. Métodos: estudo realizado mediante pesquisa de opinião conduzida por meio de redes sociais e aplicativos de internet. Utilizou-se o modelo de regressão logística multinomial para estimar a probabilidade de influência das variáveis analisadas no nível de isolamento social. Resultados: as variáveis relacionadas ao bem-estar domiciliar contribuem para aumentar a probabilidade de o indivíduo adotar o isolamento total: área verde aumenta em 0,092pp (p<0.01), atividade física aumenta em 0,046pp (p<0.01); mais horas de sono aumenta em 0,017pp (p<0.01). As variáveis: ser idoso e acreditar que, no isolamento, também aumentam em 0,295pp (p<0.01) e 0,15pp (p<0.01) respectivamente. Conclusão: aspectos relacionados ao bem-estar domiciliar e à informação contribuem para o isolamento total e devem ser considerados nas estratégias de combate à pandemia..
O objetivo deste artigo é apresentar os resultados de uma pesquisa de opinião realizada com residentes do estado de Pernambuco sobre os fatores relacionados ao isolamento social durante a pandemia de COVID-19. Utilizou-se de um questionário construído no Google Forms e enviado pelas redes sociais: whatsapp, instagram e facebook. As perguntas buscavam evidenciar: perfil socioeconômico; situação de isolamento social; impactos do isolamento; expectativa do tempo que permanecerá em isolamento; e condições de habitação e saúde. As 7.593 respostas evidenciaram que 32% das pessoas estão em isolamento total; 57% em isolamento parcial; e 11% não estão isoladas. 88% acreditam na estratégia do isolamento. O convívio social foi o principal impacto percebido para 37% dos respondentes. 74% relataram algum nível de estresse; 21% pararam de ganhar dinheiro; 56% apresentaram alterações no sono e apenas 37% está fazendo algum exercício. Para 79% a residência é boa ou ótima para ficar isolado. Além disso, as condições de habitação demonstraram forte correlação com a possibilidade de ficar mais tempo em auto isolamento, o que no contexto do estado com mais de 800 mil pessoas vivendo em assentamentos subnormais ressalta a importância de estratégias direcionadas a este fator para ampliar a efetividade da estratégia de enfrentamento da pandemia.
The accelerated process of urbanization of the planet and the significant accumulation of the human population make the existence of green areas in cities more and more necessary. Even so, in developing countries, measuring the cultural benefits generated by these areas is scarce. The insertion of ecosystem services into urban planning is also very infrequent. This work sought to estimate the monetary value of the benefits generated by urban parks in different social contexts in the city of Recife. For this, we used the Contingent Valuation Method (CVM), applying 421 questionnaires in three parks located in neighborhoods with different characteristics. We adopted the Bivariate Probit to analyze the dichotomous questions and calculate the willingness to pay (WTP) estimates. The estimated flow of annual benefits in cultural ecosystem services is calculated based on two scenarios of potential beneficiaries who live between 800 m and 4,800 m from the parks. The results showed that the annual WTP varied between R$ 34 and R$ 87. The user characteristics such as age and sex were significant for the model, while the education level was not. Users with higher income had a higher WTP in absolute terms, while in proportional terms, users with lower income had a higher WTP. In this way, the results seem to demonstrate that the cultural ecosystem services provided by urban parks are more important in less favored social contexts. This factor can support more equitable planning in providing these public spaces.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
customersupport@researchsolutions.com
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.