IntroduçãoF oco é um conceito discursivo que se aplica ao constituinte que veicula a informação nova na sentença. Às vezes, este constituinte pode ser a sentença inteira, às vezes pode estar explicitamente articulado com a pressuposição, que responde pela informação partilhada pelos falantes. A nossa questão é saber que tipo de reflexo o foco tem na estruturação da sentença no português brasileiro (PB).Normalmente, se distinguem dois tipos de foco: o que simplesmente fornece uma informação solicitada, ou seja, foco de informação; e o que não se limita simplesmente a fornecer informação nova e tem outros traços discursivos associados. Este último tipo é subclassificado de acordo com a informação adicional: se envolve contraste ou correção de uma informação anterior, temos o foco contrastivo; se a propriedade adicional envolvida é de informação exaustiva, temos o foco de identificação. Neste trabalho, vamos assumir que um constituinte é interpretado como foco somente se é movido para o Spec de FocP.Quando se considera a sintaxe do foco, vemos que ele pode aparecer in situ ou deslocado. Parece que ao foco deslocado nunca pode ser associada uma interpretação * Universidade Federal de Santa Catarina/CNPq.
IntroduçãoE studos de sintaxe dos últimos anos assentaram que uma sentença é uma hierarquia de constituintes complexos de natureza funcional (CP e IP) e lexical (VP), estruturados como em (1):(1) CP IP VPCada constituinte tem seu próprio importe semântico/pragmático ou estrutural apresentando propriedades específicas das quais ressaltamos, para este trabalho, as que definem os especificadores como A ou A'. Além de estudar a estruturação interna de cada constituinte, a sintaxe se deteve no estudo da forma como os constituintes se relacionam.O movimento é uma das formas de os constituintes interagirem. Esta interação é explícita quando o constituinte dominante contém o núcleo ou um chinêsO português brasileiro (PB) se integra nessa discussão de modo interessante por ser uma língua románica que parece não admitir movimento de I para C, pelo menos na sintaxe visível. No que diz respeito às interrogativas, permite que a expressão Wh se mantenha in situ, mesmo em interrogativas não-eco. Por outro lado, são gramaticais interrogativas que se caracterizam por ter a expressão Wh no Spec de CP e um que em C, construção que viola o tradicional filtro Doubly Filled Comp. A mesma estruturação parece se repetir com as sentenças focalizadas, o que sugere que é possível tratar de modo unificado ambos os tipos de sentenças.Esse tratamento vai ser realizado levando em conta três trabalhos de Rizzi (1996,1997,1999) A intuição que norteia esse estudo nasceu da observação de que, quando as línguas dispõem de itens para preencher núcleos do sistema CP, não existe a possibilidade de o Spec de CP se comportar ambiguamente quanto ao preenchimento: face a um item tipo C° ou o Spec é preenchido, ou é nulo, mas não ambas as possibilidades. Conforme Chomsky (1995), se contém um item marcado por um traço F, um C° define seu Spec como uma posição que atrai irresistivelmente um operador dotado pelo mesmo traço. Por outro lado, um C° nulo pode atuar ambiguamente em determinar o preenchimento do Spec do CP correspondente. Os itens C° atuam decisivamente na previsão da arquitetura do constituinte da periferia esquerda. Associar essas observações com o sistema de critérios parece, assim, um procedimento bastante natural. Rizzi (1997), aplicando pressupostos paralelos aos de Larson (1988) para VP e de Pollock (1989) para o IP, postula que o CP engloba vários constituintes, 1 o que já vinha sendo postulado por vários autores (exemplo, Nakajima, 1996, e suas citações), e inclusive por ele próprio em outros trabalhos (ver Rizzi, 1996). A estrutura do CP1 Outros autores interpretam a evidência de mais de um constituinte CP em termos de recursão de CP. Ver, por exemplo, Browning (1996), e a bibliografia lá citada, que analisa a falta de that-t effect e a presença de l-to-C movement nas sentenças encaixadas de (ia) e (iia) como contendo recursão de CP:(i) a. This is the tree that I said that just yesterday t had resisted my shovel b. *This is the tree that t had resisted my shovel (ii) a. I though that at no time t had Leslie left the room b. *I thou...
Our aim is to compare the variation found in European and Brazilian Portuguese wh-questions, using Rizzi's (1996)
This article discusses the analysis proposed by Costa (1998) for the syntax of monosyllabic adverbs in European Portuguese (EP). Theoretically, the aim is to evaluate the analysis' underlying assumptions about the syntax-prosody interface. Under Costa's proposal, the order [Verb Complement Adverb] involves scrambling of the Complement to the left of the Adverb in EP. His main argument is based on an interaction of the phonological properties of monosyllabic adverbs with Cinque (1993)'s theory of the phrasal stress. Crucially, this theory assumes a very strong relation between syntactic constituents and the prosodic representation relevant for stress assignment. We will argue, however, that the distribution of monosyllabic adverbs, at least in BP, is best explained by autonomous rules of phonological phrase formation, as in Nespor & Vogel (1986)'s framework. Under this view, the relation between syntactic and prosodic constituents is indirect, and leads us to conclude that the distribution of monosyllabic adverbs does not support Complement scrambling in BP.
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