RESUMO: Este artigo tem por objetivo investigar como, nos romances Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra e A varanda do frangipani, do escritor moçambicano Mia Couto, a trajetória de vida de seus protagonistas está simbolicamente ligada à uma necessidade de valorização das culturas tradicionais, vistas como desprestigiadas no atual momento histórico da sociedade de Moçambique. PALAVRAS-CHAVE: Mia Couto; tradição, modernidade ABSTRACT: This paper intends to investigate how, in mozambican writer Mia Couto's novels Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra and A varanda do frangipani, the life story of the leading characters is symbolically linked to the a need to give praise to the traditional cultures of the country, seem as under-appreciated in the present historical moment of Mozambique's society.
Este artigo tem por objetivo examinar como o romance O vendedor de passados, do escritor angolano José Eduardo Agualusa, articula, em meio ao universo ficcional nele criado, uma proposta política de intervenção na realidade social de seu país de origem. Partindo da visão segundo a qual, nessa obra, a política, tal como a exercem os governantes, é inseparável das heranças sociais, econômicas, diplomáticas e culturais tanto da colonização portuguesa quanto da época da guerra de libertação e da guerra civil posterior à descolonização, é nosso propósito demonstrar que no romance há a proposição de outro tipo de política, calcado na utilização metafórica do Brasil como um espaço de encantamento e de paz.PALAVRAS-CHAVE: José Eduardo Agualusa, O vendedor de passados, política, paz, Brasil.
RESUMO:Este estudo surgiu da participação no grupo de pesquisa intitulado Literatura em Diálogo, que tem como objetivo o estudo e a pesquisa sobre as diversas adaptações cinematográficas do romance Anna Karenina, de Leon Tolstói. Neste estudo, em particular, é feita uma análise da primeira cena de encontro entre Anna Karenina e Alexei Vronski, nas adaptações cinematográficas de 1935 (Clarence Brown), 1948 (Julien Duvivier) e 2012 (Joe Wright), e no texto literário de Tolstói (1877). A apropriação do texto literário pelo cinema fez com que os olhares de teóricos de ambas as artes se voltassem para a relação entre elas. Sendo assim, há diversos conceitos a serem analisados e articulados, entre eles: fidelidade, tradução, elementos fílmicos e intertextualidade. Nesta pesquisa, investiga-se o material literário, sua recriação cinematográfica e as múltiplas possibilidades que surgem dessa relação de linguagens artísticas diferentes e com particularidades específicas. Dentro das próprias produções fílmicas serão apontadas, ao longo do artigo, as diferentes formas de realizar adaptações, que carregam as ideologias do seu realizador, condições de realização e contextos históricos diferentes. A perspectiva teórica que norteia esta pesquisa é a literária em conjunto com a cinematográfica, segundo os estudos de Stam (2006), Pereira (2009), Hutcheon (2011) e outros. Em outras palavras, investiga-se qual(is) representação(ções) pode(m) ser percebida(s) nessas adaptações fílmicas feitas através da apropriação do texto. Pretende-se observar não somente o deslocamento do literário para a obra cinematográfica, mas também as diferentes formas de se fazer a adaptação dentro das próprias produções para a tela do material ficcional, pois não existe uma única maneira de produzir adaptações.
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