RESUMOEste artigo pretende apresentar e discutir duas estratégias de pesquisa no âmbito dos estudos da cognição, relacionando-as ao tema da experiência cognitiva. No que se refere à primeira estratégia, denominada Representacional, procuraremos analisar, do ponto de vista epistemológico, como duas tradições diferentes da psicologia, o behaviorismo e o cognitivismo, por se apoiarem ambas nessa estratégia, não incluíram até muito recentemente em seus estudos a dimensão de experiência dos processos cognitivos. a segunda estratégia, designada Enativa, se diferencia da primeira pelo entendimento de que a cognição é um ato de criação de si e de mundo, ou seja, uma emergência coetânea de um mundo próprio e do sujeito que o experimenta. Por fim, objetivamos demonstrar nossa análise através do estudo de caso do fenômeno das falsas lembranças.Palavras-chave: cognição; experiência; representação; enação; falsas lembranças. ABSTRACTthis article intends to present and to discuss two research strategies in the ambit of the studies of the cognition, relating them to the subject of the cognitive experience. As for the first strategy, denominated Representational, we will try to analyze, from the epistemological point of view, as two different traditions in Psychology, the behaviorism and the cognitivism, by standing both in this strategy, they didn't include until very recently in their studies the dimension of the cognitive processes experience. the second strategy, designated Enactive, differs from the first by the understanding that the cognition is a creation act of itself and of world, in other words, a simultaneous emergency of an own world and of the subject who experiments it. Finally, we objectify to demonstrate our analysis through the case study of the phenomenon of false memories.Keywords: cognition; experience; representation; enaction; false memories. IntroduçãoMuitas pesquisas em memória, levadas à frente pela psicologia cognitiva, encontram-se relacionadas, implícita ou explicitamente, a uma questão importante: a da experiência (Baddeley, 1998;Best, 1995;loftus & Hoffman, 1989;Vermersch, 1994). a palavra experiência pode assumir um espectro grande de sentidos, mas existem dois que nos interessam mais particularmente. O primeiro diz respeito à noção usual de "experiência de vida", que inclui os processos motivacionais, as emoções, tanto quanto a dimensão experiencial dos processos cognitivos que advêm da reflexão sobre as vivências do sujeito. O segundo envolve o sentido pré-refletido e ontológico de experiência como coemergência de si e do mundo. Esses dois sentidos de experiência não são excludentes, mas complementares, pois as experiências de vida são inseparáveis da experiência como coemergência de si e de mundo. É importante notar que a pesquisa sobre as representações vividas, sua estrutura e funcionalidade é tão importante quanto a pesquisa sobre a gênese ou dinâmica de realização dessa mesma experiência e que investiga o surgimento de sujeito e mundo na experiência tomada em sua dimensão pré-refletida.
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