RESUMOa redução de danos (rd) vem se consolidando como um importante movimento nacional, impulsionando a construção de uma política de drogas democrática. Neste artigo destacaremos o modo como a rd se constituiu frente aos embates com as forças totalitárias da política global de "guerra às drogas". Enfocaremos tanto aspectos internacionais quanto aspectos nacionais que confluíram para a construção de uma política antidrogas. É dentro desse cenário político que a rd vem se consolidando como uma outra política de drogas possível. analisaremos como a inclusão dos usuários de drogas em arranjos coletivos de gestão é uma importante direção clínica e política do movimento da RD, definindo uma nova proposta de atenção em saúde. A partir desses espaços coletivos de cuidado, os usuários de drogas puderam tecer uma rede nacional de cooperação e de produção de uma luta comum.Palavras-chave: políticas públicas; saúde pública; uso de drogas. ABSTRACTHarm reduction (Hr) has been consolidated as an important national movement, promoting the building of a democratic drug policy. in this article we will highlight how Hr has been shaped in the face of clashes with totalitarian forces of the "war on drugs" global policy. We will focus on both international and national aspects that came together to build an anti-drug policy. it is within this political scenario that Hr is consolidating itself as a different and feasible drug policy. We intend to show the extent to which the inclusion of drug users in collective arrangements of management is an important clinical and political direction of the HD movement, defining a new proposal for health care. From these collective spaces of care, drug users have been able to weave a national network of cooperation and production of a common struggle.
No momento em que se assume a humanização como aspecto fundamental nas políticas de saúde urge que o conceito de humanização seja reavaliado e criticado para que possa efetuar-se como mudança nos modelos de atenção e de gestão. Tal urgência se configura pela banalização com que o tema vem sendo tratado, assim como pela fragmentação das práticas ligadas a programas de humanização. Trata-se de um mesmo problema em uma dupla inscrição teórico-prática, daí a necessidade de redefinição do conceito de humanização, bem como dos modos de construção de uma política pública e transversal de humanização da/na saúde. Este segundo aspecto apontou para o debate sobre a dimensão pública das políticas de saúde em sua relação com o Estado. O texto se dedica, orientado pela análise foucaultiana do poder, a examinar o conceito de humanização na relação do Estado com as políticas públicas como experiência concreta, afirmando que não há como garantir uma política nacional de humanização da saúde sem que se confronte com o tema do humanismo no contemporâneo. Esta tarefa não é simples, já que o pensamento no século 20 foi fortemente marcado por uma crítica anti-humanista que deve agora ser retomada para que possamos nos reposicionar.
O artigo toma o conceito de transdisciplinaridade para propor um confronto entre as noções de campo e plano da clínica. Após a discussão da utilização do conceito de campo no âmbito da Psicologia, focaliza-se o tema da clínica para pensar sua sintonia com o pensamento contemporâneo. Defende-se a idéia que toda clínica é transdisciplinar, apoiando-se em contribuições teóricas como as da filosofia de Gilles Deleuze e a biologia da autopoiese de Humberto Maturana e Francisco Varela.
Five years of the National Policy of Humanization: the trajectory of a public policyResumo O artigo apresenta o cenário de emergência e a trajetória da Política Nacional de Humanização -HumanizaSUS, que como política pública foi construída para enfrentar e superar os desafios enunciados pela sociedade brasileira quanto à qualidade e à dignidade no cuidado em saúde; redesenhar e articular iniciativas de humanização do SUS e enfrentar problemas no campo da gestão e da organização do trabalho em saúde. Destacando-a como política pública, os autores analisam suas principais apostas e ofertas teórico-metodológicas para o enfrentamento de problemas na gestão e nas práticas de atenção em saúde, apontando para a necessidade de se combinar estratégi-as nos planos macro e micropolítico, sem dissociá-las. A análise enfoca mudanças na composição e nas estratégias de ação, as quais incluem a mobilização social, o apoio a instâncias de gestão, os serviços e as equipes de saúde e o desenvolvimento de processos de formação de apoiadores institucionais. Apresenta alguns resultados obtidos nos seus primeiros cinco anos de existência, bem como limites e perspectivas, considerando o desafio da Política de Humanização do SUS se constituir efetivamente em política pública, o que não pode ser alcançado sem a mobilização das forças sociais que se agenciam para além do Estado. Palavras-chave Humanização da assistência, Gestão em saúde, Política pública em saúde Abstract This article presents the context of the emergence and implementation of the National Policy of Humanization (NPH), which was devised as a public policy to address and overcome the challenges perceived by Brazilian society regarding the quality and dignity of healthcare. The aims include redesigning and joint initiatives for the humanization of care, and providing solutions for problems in the field of management and organization of the health workforce. Highlighting it as a public policy, the authors analyze the main focus and theoretical and methodological approaches to cope with problems in management and practice of healthcare, signaling the need to combine strategies in both macro and micro policy areas. The analysis focuses on changes in the composition and strategies of action, which include social mobilization, support to management systems, services and health teams and the development of training processes for institutional stakeholders. The article presents results obtained in the first five years, as well as its limitations and prospects, especially the challenge facing NPH to be seen as a public policy, which cannot be achieved without the mobilization of social forces beyond the State.
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