No momento em que se assume a humanização como aspecto fundamental nas políticas de saúde urge que o conceito de humanização seja reavaliado e criticado para que possa efetuar-se como mudança nos modelos de atenção e de gestão. Tal urgência se configura pela banalização com que o tema vem sendo tratado, assim como pela fragmentação das práticas ligadas a programas de humanização. Trata-se de um mesmo problema em uma dupla inscrição teórico-prática, daí a necessidade de redefinição do conceito de humanização, bem como dos modos de construção de uma política pública e transversal de humanização da/na saúde. Este segundo aspecto apontou para o debate sobre a dimensão pública das políticas de saúde em sua relação com o Estado. O texto se dedica, orientado pela análise foucaultiana do poder, a examinar o conceito de humanização na relação do Estado com as políticas públicas como experiência concreta, afirmando que não há como garantir uma política nacional de humanização da saúde sem que se confronte com o tema do humanismo no contemporâneo. Esta tarefa não é simples, já que o pensamento no século 20 foi fortemente marcado por uma crítica anti-humanista que deve agora ser retomada para que possamos nos reposicionar.
RESUMO: Discute-se a relação da Psicologia com o Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil tomando-se como ponto de partida uma crítica à separação entre clínica e política fortemente presente na formação e na prática profissional dos Psicólogos. Indicam-se três princípios para a construção de políticas públicas em saúde: o da inseparabilidade, o da autonomia e co-responsabilidade e o da transversalidade, estando a contribuição da Psicologia no entrecruzamento do exercício destes três princípios. O artigo destaca, ainda, a importância dos modos de fazer acontecer as políticas públicas, indicando a urgência na criação de dispositivos que dêem suporte à experimentação das políticas no jogo de conflitos de interesses, desejos e necessidades dos diferentes atores que compõem a rede de saúde. Palavras-chave: Políticas públicas; psicologia; Sistema Único de Saúde. PSYCHOLOGY AND PUBLIC HEALTH SYSTEM: WHAT ARE THE INTERFACES?ABSTRACT: The Psychology and Public Health System relation is discussed having as a starting point a criticism to the gap between the clinic and politics strongly present in the formation and in the professional practice of the psychologists. Three principles are suggested to the construction of public politics in the health system, which are the inseparability, the autonomy and co-responsibility and the transverseness, being the contribution of Psychology the interchange of these three principles. This paper also emphasizes the importance of the ways to make happen the public politis, pointing out the urge to create some devices which will give support to these politics in the game of conflicts and interests, desires and needs of the different actors who are part of the public health network. Key-words: Public Politics; Psychology; Public Health System. O título do artigo já indica um ponto de partida lamentavelmente pouco encontrado no campo da Psicologia: a preocupação com a saúde pública, com a inserção do trabalho do Psicólogo no debate sobre modos de intervenção que se façam para além dos enquadres clássicos de uma clínica individual e privada, ou mesmo de uma psicologia social que mantém a separação entre os registros do individual e do social, tal como a ainda predominante em nossos cursos de formação. Digo isso para que fique logo claro que não acredito numa crítica à Psicologia e às suas diversas áreas pela identificação de uma face conservadora, porque cuidando do indivíduo, e uma face emancipadora, porque voltada para o social, para a comunidade, para os processos educacionais ou de trabalho. Como pretendo aqui sustentar, trata-se de não se iludir com esta solução de compromisso da Psicologia.Especialmente quando queremos pensar as interfaces da Psicologia com o Sistema Único de Saú-de (SUS) urge que problematizemos o que podemos, o que queremos e, principalmente, como fazemos para contribuir na construção de um outro mundo possí-vel², de uma outra saúde possível e, digo logo, de uma saúde pública possível.Convocada ao debate e em sintonia com o movimento de resistência que institui o Fóru...
This year’s Women Deliver conference made a strong call for investing in the health and development of adolescents and young people. It highlighted the unique problems faced by adolescent girls and young women–some of the most vulnerable and neglected individuals in the world–and stressed the importance of addressing their needs and rights, not only for their individual benefit, but also to achieve global goals such as reducing maternal mortality and HIV infection.In response to an invitation from the editors of Reproductive Health, we-the sixteen coauthors of this commentary–put together key themes that reverberated throughout the conference, on the health and development needs of adolescents and young people, and promising solutions to meet them.1. Investing in adolescents and young people is crucial for ensuring health, creating prosperity and fulfilling human rights.2. Gender inequality contributes to many health and social problems. Adolescent girls and boys, and their families and communities, should be challenged and supported to change inequitable gender norms.– Child marriage utterly disempowers girls. It is one of the most devastating manifestations of gender discrimination.– Negative social and cultural attitudes towards menstruation constrain the lives of millions of girls. This may well establish the foundation for lifelong discomfort felt by girls about their bodies and reticence in seeking help when problems arise.3. Adolescents need comprehensive, accurate and developmentally appropriate sexuality education. This will provide the bedrock for attitude formation and decision making.4. Adolescent-centered health services can prevent sexual and reproductive health problems and detect and treat them if and when they occur.5. National governments have the authority and the responsibility to address social and cultural barriers to the provision of sexual and reproductive health education and services for adolescents and young people.6. Adolescents should be involved more meaningfully in national and local actions intended to meet their needs and respond to their problems.7. The time to act is now. We know more now than ever before about the health and development needs of adolescents and young people, as well as the solutions to meeting those needs.
The USAID-funded flagship family planning service delivery project named Evidence to Action (E2A) worked from 2011 to 2021 to improve family planning and reproductive health for women and girls across seventeen nations in sub-Saharan Africa using a “scaling-up mindset.” The paper discusses three key lessons emerging from the project’s experience with applying ExpandNet’s systematic approach to scale up. The methodology uses ExpandNet/WHO’s scaling-up framework and guidance tools to design and implement pilot or demonstration projects in ways that look ahead to their future scale-up; develop a scaling-up strategy with local stakeholders; and then strategically manage the scaling-up process. The paper describes how a scaling-up mindset was engendered, first within the project’s technical team in Washington and then how they subsequently sought to build capacity at the country level to support scale-up work throughout E2A’s portfolio of activities. The project worked with local multi-stakeholder resource teams, often led by government officials, to equip them to lead the scale-up of family planning and health system strengthening interventions. Examples from project experience in the Democratic Republic of the Congo, Kenya, Nigeria, and Uganda illustrating key concepts are discussed. E2A also established a community of practice on systematic approaches to scale up as a platform for sharing learning across a variety of technical agencies engaged in scale-up work and to create learning opportunities for interacting with thought leaders around critical scale-up issues.
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