Objetivo: Identificar os benefícios e desafios da implementação da Metodologia de Cuidado Humanitude (MCH) na prática dos cuidados em Estrutura Residencial para Idosos. Método: Trata-se de um estudo exploratório e descritivo de natureza qualitativa abrangendo uma amostra de três interlocutores com experiência na formação e implementação da MCH. A recolha de dados foi realizada através de um questionário misto, sendo as questões abertas interpretadas através da técnica da análise de conteúdo. Resultados: Os benefícios da MCH reportam-se às pessoas cuidadas (e.g., aumento da aceitação dos cuidados), aos cuidadores formais/colaboradores (e.g., redução do absentismo), bem como ao sistema organizacional (mudança da cultura dos cuidados). Os desafios colocam-se a nível interno (e.g., apropriação das técnicas, resistência à mudança) e externo (e.g., formação dos profissionais, organização dos cuidados centrados na tarefa). Conclusões: A MCH é uma abordagem centrada na interação com a pessoa cuidada, com benefícios transversais a todo o contexto organizacional. A sua implementação traduz oportunidades para a prática diária do cuidado, abrangendo as pessoas cuidadas e as equipas prestadoras de cuidados, surtindo influência no contexto organizacional. A MCH representa uma mudança no paradigma do cuidado, surgindo, no entanto, vários desafios à sua implementação na prática, pelo que se sugere um maior envolvimento de todos os interlocutores do cuidado, nomeadamente dos líderes formais das instituições e dos agentes das políticas públicas.
Este texto faz uma reflexão dos levantes mobilizados pela Arte Indígena Contemporânea, mais especificamente aqueles enredados pelas giras e voltas que o manto tupinambá tem desenhado no diagrama da dita arte contemporânea brasileira. A partir das exposições Um outro céu (2020) e Kwá Yepé Turusú Yuriri Assojaba Tupinambá - Essa é a grande volta do manto tupinambá (2021), ambas agregadas em torno do trabalho de Glicéria Tupinambá e na ativação “Ativação Morî' erenkato eseru' - Cantos para a vida”, realizada por Daiara Tukano e Jaider Esbell, na exposição Véxoa: nós sabemos (2020), o Levante dos mantos reúne um conjunto de confrontos éticos-estéticos e políticos ante a autoridade e a naturalização do espúrio e dos saqueamentos coloniais, na expectativa de fazer ressoar as incessantes disputas de narrativas no campo das artes, com protagonismo do movimento autodeclarado como Arte Indígena Contemporânea (ESBELL, 2020).
O texto desdobra-se da seguinte questão: “Como deslocar as relações entre aura, obra, acervo e museus diante do que o diagrama da arte indígena contemporânea vem redesenhando sobre diagrama da arte contemporânea brasileira?”. A sondagem desta questão é guiada pela imagem de um redemoinho que desenha uma exposição imaginária onde se enredam Glicéria Tupinambá, Daiara Tukano e Patrícia Ferreira “Para Yxapy” e de um Saci- curador, ser encantado que se infiltra na política das imagens, nos bastidores e nas engrenagens dos dispositivos: museu, coleção, exposição e da própria história da arte. O texto é sobre atravessar esse redemoinho, mapear saqueamentos coloniais, revisitar a encenação do moderno e escutar as ressonâncias de processos mobilizados por artistas indígenas contemporâneas a fim de confrontar as relações estreitas entre colonialidade e acervos, apontando para a ideia de contra-acervos e contra- arquivos da arte.
Cartografia social, terra e territórioHenri Acselrad (Org.),Rio de Janeiro: IPPUR/UFRJ, 2013.Coleção Território, Ambiente e Conflitos Sociais.
Movendo-se entre uma constelação de encontros, entre professores e estudantes do Ensino Superior e Básico, entre a rede de artistas do coletivo gráfico Sociedade da Prensa e o Colégio Estadual Kijetxawê Zabelê, das comunidades pataxó de Cumuruxatiba e sujeitos vindos de diferentes lugares da Bahia e do Brasil, este artigo se põe a pensar quais terrenos e confluências foram acionados na criação coletiva de uma tipografia pataxó. Denominada pela comunidade de ATXÚHU KAÍ, é um alfabeto pataxó constituído a partir de uma série de carimbos artesanais em madeira, produzidos em encontros de saberes, conduzidos pela professora, artista e coordenadora pedagógica Rita Pataxó. Nos elos entre aldeia, escola indígena e universidade, o texto percorre os vetores de um processo criativo coletivo, em que se descortinam movimentos de uma contra-colonização epistêmica.
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