A evolução demográfica e o envelhecimento da população conduzem à existência de mais pessoas com demência. Estes factos impelem ao desenvolvimento de iniciativas que promovam uma vida autónoma das pessoas com demência, durante o maior tempo possível nos seus domicílios, apoiados por cuidadores. O objetivo deste artigo é analisar o impacto de uma dessas iniciativas, em Portugal, designadamente um projeto de inovação social e de saúde na área da demência denominado “Memorizar”, nas competências cognitivas e na autonomia das pessoas com demência. Os instrumentos utilizados foram um questionário sociodemográfico, o Mini-Mental State Examination, a Escala de Avaliação da Demência 2 e do Índice de Barthel. A amostra foi de conveniência, constituída por 17 pessoas com diagnóstico de demência, sendo que, em termos de resultados, 82% dos utentes mantiveram-se estáveis no domínio cognitivo e 88% dos utentes mantiveram o seu grau de autonomia.