Neste artigo, pretende-se apontar conceitos e características do webdocumentário – também nomeado documentário interativo –, bem como sua evolução para a narrativa transmídia. Em meio a mudanças na criação e distribuição de conteúdos por conta das transformações tecnológicas e culturais, a cada dia surgem novas possibilidades comunicacionais que são exploradas pelas mídias, principalmente no que se refere aos recursos que a Internet dispõe. Para o desenvolvimento deste estudo, além de pesquisa bibliográfica, foram feitas análises de conteúdos de três documentários interativos. Por fim, conclui-se que a não-ficção e a não linearidade são características principais destes novos formatos e é o ponto de maior concordância entre os conceitos, que tentam acompanhar as constantes renovações, tanto do ponto de vista da produção e consumo de conteúdos, como das potencialidades que a tecnologia oferece.
Contempla-se uma geração imagética, que tem no mundo on-line o principal suporte para a condução de suas práticas interacionais permeadas por visualidades. Protagonistas desse cenário midiático, os jovens se apropriam de variadas plataformas digitais para se educar, se informar, se entreter e trocar experiências entre os pares, mediados por múltiplas telas que transbordam conteúdos imagéticos. Com o objetivo de verificar de que maneira essa população consome e se relaciona com as imagens digitais e suas inovações, este estudo traz análises sobre um conjunto de dados quantitativos coletados por meio de um survey, respondido por 290 estudantes. Dentre os resultados, destaca-se o smartphone como principal dispositivo comunicacional, a preferência pela produção de fotos, o Instagram – sobretudo via stories – como a rede mais utilizada e a inexpressividade das narrativasem 360 graus nas rotinas juvenis.
Na contramão da efervescência de conceitos que caracterizam as narrativas audiovisuais digitais, a aplicabilidade ainda é desafiadora, sobretudo pelo desconhecimento de técnicas e meios que possibilitem sua criação por amadores. Assim, considerando essa realidade, o presente artigo busca demonstrar caminhos que envolvem a produção de uma narrativa interativa, imersiva e transmídia, a partir de recursos gratuitos disponíveis na Web. Para tal, une teoria e prática, fornecendo reflexões sobre o processo criativo do webdocumentário “Jovens e as Imagens - Relatos e Experiências em 360 Graus”. Espera-se que os resultados alcançados possam contribuir para a pesquisa e desenvolvimento de obras audiovisuais de não-ficção na web, com destaque para aquelas 360 graus.
La pandemia del Covid 19 ha provocado transformaciones significativas en los procesos de producción, intercambio y consumo de contenidos mediáticos, impulsada por el deseo de la sociedad interconectada contemporánea de comunicar, informar y entretener en medio de un turbulento momento sanitario y humanitario. En este escenario, YouTube se ha convertido en el vehículo preferente de difusión y consumo de videos. Entre las estéticas disponibles en esta plataforma, el presente estudio exploratorio centra sus reflexiones en producciones pandémicas que se apoyaron en la tecnología de 360 grados, una modalidad de imagen emergente. Guiada por un camino metodológico formado por revisión bibliográfica y netnografía, la investigación abarcó un levantamiento de 400 videos esféricos, los cuales fueron analizados a través de particularidades cartográficas, técnicas y temáticas. Para ello, se ingresaron en el sistema de búsqueda de YouTube expresiones en portugués y español relacionadas con los videos en 360 grados y el Covid 19. Los resultados brindaron un panorama de cómo el fenómeno de la pandemia influyó en el sector creativo de las narrativas en 360 grados, destacando, por ejemplo, a Brasil como el país con mayor número de obras publicadas, el recorrido virtual como el formato más explorado y el protagonismo de empresas y profesionales especializados en la creación de contenidos, mientras los vehículos de prensa aparecían tímidamente.
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