Os acidentes com animais peçonhentos são agravos de saúde negligenciados, principalmente em países subdesenvolvidos e em desenvolvimento. A subnotificação e sub-registro de informações dificulta a compreensão da real incidência desta morbidade. Assim, o objetivo do estudo é caracterizar o perfil epidemiológico e clínico dos acidentes com animais peçonhentos em uma microrregião de Minas Gerais. Trata-se de um estudo epidemiológico observacional de abordagem quantitativa descritiva e recorte retrospectivo dos acidentes com animais peçonhentos ocorridos na microrregião de Pedra Azul em Minas Gerais de 2017-2020. Ocorreram 1817 acidentes na microrregião no período estudado. O ano de 2018 foi o de maior incidência, com os acidentes distribuídos ao longo dos meses. Comercinho foi o local de maior incidência, e os acidentes ocorreram majoritariamente na zona rural. O escorpionismo foi o acidente mais frequente. As mulheres foram as vítimas mais frequentes, sendo a população economicamente ativa (20-59 anos) a mais acometida. A maioria dos casos foram classificados como leves, havendo apenas 7 óbitos. A maior parte das vítimas foram atendidas em até 1 hora após o acidente, sendo que na maioria não foi administrada a soroterapia. Mãos e pés foram mais acometidos. Assim, destaca-se a importância dos resultados no fortalecimento da vigilância em saúde loco-regionais, bem como no incentivo ao preenchimento e alimentação correta no banco de dados nacional.
Objetivo: Revisar e analisar os principais fatores de risco que predispõe as infecções por microrganismos multirresistentes em pacientes criticamente enfermos, relacionando-os com a mortalidade, bem como avaliar a prevenção dos mesmos. Revisão bibliográfica: As infecções causadas por patógenos multirresistentes é um problema significativo na prática médica e está associada à cenários em que os indivíduos são submetidos a uma conduta terapêuticas e linha de cuidados prolongados. Nessa perspectiva, os pacientes em estado crítico tornam-se vulneráveis e se inserem cada vez mais nos números crescentes de morbimortalidade associados à resistência antimicrobiana, sendo esta promovida principalmente por bactérias gram-negativas. Além do uso indiscriminado desse medicamento, outros fatores como idade avançada, sexo masculino, imunocomprometimento e comorbidades estão associados a esse fenômeno. Considerações finais: Uma maior conscientização sobre a multirresistência bem como a importância da sua prevenção e controle de fatores de riscos individuais e ambientais que podem desencadeá-la pode ajudar a reduzir a morbidade e mortalidade de pacientes criticamente enfermos, os quais estão mais expostos a esse problema. Intervenções eficazes como estreitar o uso de antibióticos diante de resultados diagnósticos, desenvolver práticas de controle de infecção em ambiente hospitalar, promovem o seu uso criterioso e evita consequências prejudiciais decorrentes da multirresistência.
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