Introdução: O Diabetes Mellitus (DM) é uma desordem metabólica caracterizada por hiperglicemia crônica, e possui importante prevalência mundial. Na DM tipo 1, ocorre a destruição das células pancreáticas responsáveis pela produção de insulina. Objetivo: Relatar o manejo nutricional de uma paciente adolescente com recente diagnóstico de DM tipo 1. Métodos: Foram avaliados os parâmetros antropométricos, dietéticos e bioquímicos da paciente, adolescente de 11 anos e 6 meses. Resultados: Esta encontrava-se eutrófica para a idade e havia iniciado o uso de análogos de insulina. A fim de otimizar o tratamento, introduziu a contagem de carboidratos com correção de bolus de insulina, adaptando o plano alimentar e lista de substituição. Ainda, foi elaborado um material educativo com dicas para correção de hipoglicemia.Palavras-chave: diabetes mellitus, doença crônica, terapia nutricional.
Neste trabalho foram avaliados os fatores de risco para doenças cardiovasculares (DCV) e oconsumo alimentar de mulheres climatéricas não usuárias de terapia de reposição hormonal(TRH), de acordo com os períodos climatéricos. Trata-se de um estudo transversal em 95mulheres climatéricas residentes em três municípios do Sudoeste do Paraná. Foram coletadosdados sociodemográficos e clínicos por meio de entrevista, além de dados antropométricos e deconsumo alimentar. A média etária foi de 52,5 ± 5,85 anos, 77,9% estudaram 8 ou mais anos, 76,8%possuíam renda familiar de até três salários mínimos, 70,5% possuíam cônjuge e 60% não tiveramnenhum ou até dois partos. Foi observada frequência de excesso de peso e de risco para doençascardiovasculares em mais de 65% das mulheres. A presença de comorbidades (p = <0,001) foimais frequentes nas mulheres pós-menopáusicas. Quanto à ingestão de lipídios e ácidos graxossaturados, observou-se maior consumo excessivo nas pré- e peri-menopáusicas (p = 0,042 ep = 0,022, respectivamente). Os achados do estudo demonstram a importância da prevenção deDCV independentemente do período climatérico e da utilização de TRH.
Objetivo: Estimar a ingestão dietética de ácidos graxos ômega-3 (n-3) e identificar fatores associados à mesma em mulheres climatéricas. Métodos: Estudo transversal com 80 mulheres climatéricas de três municípios do Sudoeste do Paraná. Foram realizadas avaliação antropométrica; avaliação dos sintomas climatéricos, por meio do índice menopausal de Kupperman; avaliação dos sintomas depressivos, através da Escala de Rastreamento Populacional para Depressão; e aplicação de um diário alimentar de três dias, para avaliar a ingestão de n-3. Utilizaram-se testes de diferença de médias e modelo de regressão logística para avaliação de fatores associados à ingestão de n-3. Resultados: A ingestão média de n-3 foi de 1,07±0,95g/dia e não se observou diferença significativa entre as mulheres com e sem sintomas de depressão. Verificou-se, entretanto, que aquelas com histórico prévio da doença (OR=0,07; IC=0,01-0,70; p=0,02) e que apresentavam sobrepeso/obesidade (OR=0,13; IC=0,02-0,84; p=0,03) possuíam maiores chances de ingerir o nutriente abaixo do valor correspondente ao percentil 50 (1,07g/dia) de ingestão pela amostra estudada. Além disso, notou-se que as mulheres que apresentavam risco de complicações metabólicas, avaliado por meio da circunferência da cintura aumentada (OR=8,42; IC=1,04-68,24; p=0,05) apresentaram maiores chances de consumir ácidos graxos n-3 em quantidades adequadas (≥ 1,07g/dia). Conclusão: Verificou-se elevada frequência de baixa ingestão de ácidos graxos n-3, especialmente nas mulheres com histórico prévio de depressão e excesso de peso.
Objetivo: Analisar características clínicas, bioquímicas, antropométricas e nutricionais de pacientes com hiperferritinemia e identificar a relação com sobrecarga de ferro associada à Hemocromatose Hereditária ou a relação com outros fatores. Métodos: Este estudo incluiu 27 homens, adultos e idosos, com hiperferritinemia, atendidos em uma clínica-escola de nutrição. Analisou-se dados sociodemográficos, clínicos, bioquímicos, antropométricos e do consumo alimentar. Para avaliação de sobrecarga de ferro por Hemocromatose Hereditária utilizou-se valores de Saturação de Transferrina >45%; para Síndrome Metabólica, critérios da International Diabetes Federation e para o Fator Inflamatório Dietético, o software IF Ratings™ of Common Foods (v. 32). Resultados: Foram observadas baixa frequência de sobrecarga de ferro associada à provável Hemocromatose Hereditária (11,11%) e elevadas frequências de sedentarismo (44,44%), etilismo (70,37%), sobrepeso/obesidade (81,48%), risco de doença cardiovascular (96,30%), Síndrome Metabólica (40,74%), Velocidade de Hemossedimentação alterada (48,15%) e alterações bioquímicas. Observou-se dieta fortemente inflamatória, excessiva em energia, lipídios e ácidos graxos saturados e poliinsaturados, e insuficiente em fibras, vitaminas e minerais antioxidantes e ferro biodisponível para absorção, sendo esse último inversamente correlacionado com a ferritina sérica (r=-0,540). Conclusão: Este estudo revelou baixa relação de hiperferritinemia associada à provável Hemocromatose Hereditária e elevada associação com alterações metabólicas. Destaca-se a importância da realização de estudos maiores que realizem a confirmação de Hemocromatose Hereditária por meio de teste genético e de Síndrome Dismetabólica de Sobrecarga de ferro por meio de biópsia hepática, bem como de estudos de intervenção, visando adequação dos hábitos alimentares e perfil metabólico destes pacientes. Palavras-chave: Ferritina. Sobrecarga de Ferro. Hemocromatose. Obesidade.
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