A presente proposição reivindica o estudo como elemento constitutivo e basilar do ofício de professor. Neste texto, nos dedicaremos a pensá-lo a partir de atividades desenvolvidas no escopo da formação docente inicial, nossa área de atuação (uma, professora de um curso de licenciatura em uma universidade pública e a outra, professora de uma instituição escolar pública de ensino fundamental e médio). Tal atuação nos possibilita indicar, em um primeiro momento, certas incongruências no discurso acerca da profissionalização/ burocratização do professor. Neste sentido, destacamos que a formação docente inicial tem cada vez mais se fundamentado em uma lógica de aprendizagem, de desenvolvimento de competências e habilidades voltadas, na maioria das vezes, à garantia de inserção no mercado de trabalho e atuação profissional adaptada a lógicas produtivistas. Diante disto, nos propomos a pensar, no interior de uma noção de skholé – de um tempo livre e de um espaço público -, as possibilidades de estudo do ofício não somente em seus conteúdos específicos e metodologias, mas, especialmente, através de seus gestos, maneiras e modos de fazer. Por isso o foco não está num método docente, mas na ativação de uma experimentação desenvolvida através de observações, pensamentos e práticas que coloquem a escola – e por conseguinte a sala de aula - como matéria de estudo. Portanto o estágio, esta etapa fundamental da formação docente inicial, constitui-se em um tempo e espaço de atenção à escola. Tem por assunto o ofício do professor e por matéria os elementos que constituem este ofício. Para tanto, amparamo-nos particularmente nos escritos de Jan Masschelein e Marteen Simons sobre a noção de escolar e de Jorge Larrosa, sobre o ofício de professor.
O presente trabalho apresenta a relação entre política e religiosidade através de uma troca epistolar ocorrida no final da década de 1980. Estas cartas possibilitam perceber impasses dentro da Igreja Católica, os receios em relação à emergência da teologia da libertação e inúmeras divergências entre as formas possíveis de se experienciar a vida institucionalmente consagrada. Palavras-chave: Cartas -Política -Religiosidade
Letters of Politics and Faith: Social Insertion and Religious Life, 1960 -1990The research presented here details the relationship between politics and religiosity by analyzing an exchange of letters which show impasses within the Catholic Church, fears in relation to the emergence of Liberation Theology and innumerable divergences between the possible forms of consecrated institutional life.
O objetivo deste artigo é discutir diferentes aspectos da formação religiosa feminina sob a ótica da sensibilidade e do disciplinamento. Para tanto, apresentamos testemunhos de mulheres que passaram pelo processo de formação na Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição. Os depoimentos, postos em diálogo com os manuais de formação, constroem um panorama bastante amplo, o qual permite vislumbrar a construção de sentidos e de vocações para o posterior trabalho institucionalmente ligado à Igreja Católica.
This article aims to discuss various aspects of female religious vocational education from the perspective of sensibility and discipline. To do this, we bring testimonies of women who underwent the vocational education process at the Congregation of the Sisters Servants of the Immaculate Conception. The utterances, in dialogue with professional education handbooks, build a rather large panorama, which makes it possible to glimpse the construction of meanings and vocations for later work institutionally linked to the Catholic Church
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