Resumo: O setor sucroenergético se configura estratégico perante a demanda crescente por novas fontes de energia alternativas ao petróleo e derivados, em virtude das pressões sobre essa matéria-prima. Dada a futura conjuntura que se desenha, o etanol de cana-de-açúcar em muito se adequa e possui vantagens para conquistar novos mercados, mas desde que tenha uma produção eficiente e que faça bom uso dos recursos existentes. Assim sendo, o trabalho analisa a produtividade total dos fatores (PTF) e seus componentes para 17 usinas da região Centro-Sul do Brasil durante o período [2001][2002][2003][2004][2005][2006][2007][2008]. A amostra é considerada significativa, pois o volume de cana moída representa 11,5% do total moído no Brasil. A metodologia se baseia em Coelli et al. (1998), a partir da Análise Envoltória de Dados (DEA), com o uso do índice de Malmquist, que avalia os índices de produtividade ao longo do tempo, decompondo-os em índices que captam variação da eficiência técnica e mudanças tecnológicas. O trabalho conclui que a amostra é composta em sua maioria por followers, ou seja, as usinas não criam e adotam inovações radicais, elas apenas seguem um movimento conjunto em direção a tecnologias já testadas no mercado e de comprovada eficiência por outras usinas. Palavras-chaves:
A agricultura nordestina, comparativamente ao restante do país, possui um histórico de baixa produtividade e pouco uso de inovações tecnológicas. Este cenário é fruto de políticas públicas que não favoreceram na mesma medida o Nordeste e o Centro-Sul do Brasil. Investimentos pontuais foram realizados ao longo dos anos, como perímetros irrigados, arranjos produtivos locais, entre outras ações focalizadas que produziram crescimento concentrado. Deste modo, é importante analisar com base em dados do censo agropecuário como a agricultura nordestina e o uso das inovações tecnológicas se comportaram nos últimos levantamentos dos Censos Agropecuários de 2006 e 2017. A hipótese do trabalho é que houve crescimento produtivo e maior adoção de tecnologias por parte dos produtores. Entretanto, apesar do crescimento agrícola e do maior uso de tecnologias, o crescimento continua focalizado e concentrado em algumas poucas áreas, como o polo de fruticultura Petrolina-Juazeiro e a área de expansão agrícola do cerrado – Matopiba.
A assistência técnica como instrumento de apoio e fonte de informação ao produtor rural passou por diversas transformações ao longo dos anos. Após breves tentativas de introdução do serviço, a Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) ganhou força no período da tecnificação da agricultura nos anos 1960. O crédito agrícola forneceu os recursos para os produtores introduzirem o pacote tecnológico nas lavouras, que foi difundido por meio da assistência técnica entre os estabelecimentos agropecuários. Algumas décadas se passaram após a criação e o desmonte das principais instituições e entidades do setor, mas a assistência técnica continua sendo um serviço indispensável para melhorar o desempenho da atividade produtiva, inclusive com a possibilidade de redução de custos e ampliação da rentabilidade. Ademais, o papel dos extensionistas é fundamental para colaborar com questões sociais no campo, como organização produtiva, associativismo, entre outras. Apesar disso, apenas 20% dos estabelecimentos agropecuários brasileiros contam com algum tipo de orientação técnica, de acordo com levantamento do Censo Agropecuário 2017. A Ater pública, que possui grande capilaridade por todo o Brasil e capital humano qualificado, apresentou redução na cobertura entre o período de tempo compreendido pela realização dos censos agropecuários de 2006 e 2017. Em contrapartida, outras fontes de orientação técnica vêm apresentando expressivo crescimento, como a orientação própria e as cooperativas. O maior uso de outras fontes é bem-vindo, principalmente pelas especificidades de cada região e o tipo de agricultura praticada, porém, muitos estabelecimentos, principalmente no Norte e Nordeste do Brasil, não possuem acesso ao serviço, o que inviabiliza e prejudica a produção de muitos pequenos estabelecimentos.
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