A adoção de riscos é um comportamento complexo e multifatorial, relacionado ao processo de desenvolvimento do adolescente. Com o objetivo de analisar o conhecimento sobre comportamentos de risco na adolescência, realizou-se uma revisão sistemática de estudos nacionais e internacionais. A busca foi realizada nas bases de dados Scielo, LILACS, PsycINFO e ScienceDirect (ELSEVIER), utilizando as palavras-chave comportamento de risco/risk taking e adolescência/adolescence. O uso de drogas, álcool e cigarro, comportamentos sexuais de risco e conduta antissocial foram os temas mais investigados nos estudos. Foi possível identificar a epidemiologia dos comportamentos de risco e os fatores de risco e proteção nas dimensões pessoais, interpessoais e contextuais. Futuros estudos devem considerar diversos comportamentos de risco simultaneamente, assim como fatores pessoais, interpessoais e contextuais envolvidos.
PsicoExceto onde especificado diferentemente, a matéria publicada neste periódico é licenciada sob forma de uma licença Creative Commons -Atribuição 4.0 Internacional. RESUMOO apoio social tem sido considerado fator de proteção ao engajamento de adolescentes em comportamentos de risco. Este estudo investigou a relação entre apoio social e comportamentos de risco (comportamentos sexual, infracional, suicida e uso de substâncias) em 374 adolescentes de Porto Alegre, entre 12 e 18 anos, de escolas públicas. Os instrumentos utilizados foram uma escala de apoio social e questões que avaliaram comportamentos de risco. Análises foram realizadas com teste t de Student, Correlações de Pearson e Análise de Regressão Múltipla. Os resultados indicaram maior envolvimento em comportamentos de risco em adolescentes mais velhos e diferenças por sexo (meninos envolveram-se mais em comportamento infracional e sexual de risco e as meninas em comportamento suicida). O apoio da família e dos professores esteve associado ao menor envolvimento nesses comportamentos e o apoio dos amigos ao maior engajamento. Estratégias de prevenção e intervenção direcionadas aos jovens devem considerar a influência dessas variáveis na adesão aos comportamentos de risco.Palavras-chave: Adolescência; Apoio Social; Comportamento de Risco. ABSTRACT Social Support and Risk Behavior in AdolescenceSocial support can be considered a protective factor as regards engagement of the adolescent in risk behaviors. This study investigated the relation between social support and risk behaviors (sexual behaviors, criminal, suicidal and substance use) in adolescents in three-hundred and seventy-four adolescents from Porto Alegre, from 12 to 18 years old, from public schools. Social support scale and questions about risk behavior were used. Student's t-Test, Pearson's Correlation and Multiple Regression Analysis were conducted. More engagement in risk behaviors in older adolescents was evidenced, as well as differences by sex (boys were more engaged in criminal behavior and risk sexual behavior and the girls in suicidal behavior). Support from the family and teachers was perceived as a factor associated to lower engagament in these behaviors and the support from friends was associated to higher engagement. Strategies of prevention and intervention directed to young people should consider the influence of these variables regarding adherence to risk behaviors.
Adolescentes adotam comportamentos de risco que podem favorecer ou prejudicar seu desenvolvimento, o que demanda atenção científica e profissional. Este estudo apresenta o processo de construção e análise das propriedades psicométricas do Índice de Comportamento de Risco. O processo envolveu quatro etapas: revisão da literatura, seleção dos itens, análise preliminar do instrumento, análise final das propriedades psicométricas. Foi utilizado um banco de dados com informações de 466 estudantes de escolas públicas de Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, com idade entre 11 e 19 anos. A versão final do Índice possui 17 itens, distribuídos em quatro fatores: comportamento sexual de risco, uso de substâncias, comportamento infracional e comportamento suicida. O instrumento apresentou consistência interna satisfatória (α = 0,84), assim como permitiu avaliar simultaneamente um conjunto de comportamentos de risco, bem como identificar a prevalência e coocorrência desses comportamentos em adolescentes ou jovens adultos, contribuindo para o desenvolvimento científico e profissional de atenção à adolescência.
ResumoEste estudo comparou a avaliação de pais e filhos sobre as variáveis Autonomia Adolescente, Responsividade e Exigência dos Pais e Legitimidade da Autoridade Parental. Participaram 36 pais ou responsáveis e seus filhos adolescentes. Utilizou-se um questionário sociodemográfico, a Escala de Estilos Parentais, o Questionário de Autonomia e o Questionário de Legitimidade da Autoridade Parental. Realizaram-se análises descritivas e inferenciais. Os resultados denotaram níveis médios de autonomia adolescente e altos de Responsividade e Exigência Parental. Foram encontradas, porém, diferenças nas percepções de pais e filhos quanto ao nível de autonomia dos adolescentes, à responsividade e exigência dos pais e à atribuição de legitimidade da autoridade parental. Os resultados ilustram a dinâmica do desenvolvimento da autonomia em uma amostra de participantes de nível socioeconômico médio a alto e com bons níveis de relacionamento familiar. Evidencia-se a importância do equilíbrio entre afetividade e exigência na dinâmica familiar para o desenvolvimento da autonomia adolescente. Palavras-chave: autonomia, adolescentes, estilo parental, relações familiares Autonomy, responsiveness/demandingness and legitimacy of parental authority to adolescents and their parents AbstractThis study compared the assessment of parents and their children on the variables adolescent autonomy, parental responsiveness and demandingness and the legitimacy of parental authority. The participants were 36 parents and their teens. A sociodemographic questionnaire, the Autonomy Questionnaire, the Parenting Styles Scale, and the Legitimacy of Parental Authority Questionnaire were used. Descriptive and inferential analyses were made. Results showed average levels of adolescent autonomy and high levels of parental responsiveness and demandingness. Differences were found in the perceptions of parents and children about the level of adolescent's autonomy, parental responsiveness and demandingness and assignment of legitimacy of parental authority. Results illustrate the dynamics of the autonomy development in a sample of middle to high socioeconomic status, with good levels of family relation. The importance of balance between affection and demandingness in family dynamics is highlighted for the development of adolescent autonomy.
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