Objetivo: Identificar e graduar as complicações ocorridas durante os 30 primeiros dias dos transplantes hepáticos com doador falecido (THF), utilizando a classificação de Clavien-Dindo, segundo os escores DRI, P-SOFT, SOFT, MELD e BAR. Propor adoção de acompanhamento prospectivo desses dados no âmbito de todo o Sistema Estadual de Transplantes do Paraná. Métodos: Coorte observacional dos casos de THF do programa do Hospital do Rocio, Campo Largo, Paraná, nos anos de 2016 e 2017. Resultados: Significativo aumento do índice de gravidade representado pelo MELD, com 20,2 4,8 (2016) e 24,4+7,11(2017), com p=0,0076. Inexistência de diferenças significativas do BAR (8,03+3,86 vs 9,54+4,11), PSOFT (12,38+6,43 vs 11,83+7,83) e SOFT (12,32+7,6). Aumento da incidência de complicações Grau IVb e V. Frequência de mortalidade cirúrgica de 9,68%, em 2016, e de 35,85%, em 2017. Conclusão: Houve aumento da gravidade de receptores representados pelo MELD, com aumento de mortalidade em razão de complicações infecciosas. A adoção de acompanhamento prospectivo dos dados de transplante hepático no estado do Paraná, com projeções dos subgrupos de gravidade, segundo os índices adotados, serviço de base crítica para melhora contínua, transparência e melhor direcionamento de recursos do Sistema de Saúde.
Introdução: No modelo para doença hepática terminal (MELD), o uso de fígados de alocação de resgate (RA), aqueles recusados para os cinco primeiros do ranking, apresenta resultados conflitantes na literatura. Objetivo: Análise das características dos diferentes padrões simulados de alocação (padrão vs. resgate), utilizando o índice de risco do doador (DRI), o balance of risk score (BAR) e seu impacto na função do enxerto. Método: Coorte de 233 transplantes hepáticos em adultos, realizados entre 2015 e 2022. Resultados: Características gerais, idade 50,3 ± 11,8 anos; 64,81% CHILD C; MELD na alocação 22,4 ± 7,6. Disfunção inicial do enxerto em 12,45% e não função primária (PNF) em 8,15%; com DRI 1,41 ± 0,32. Transplantes na RA ocorreram em 18,03% (n = 42) dos casos, em pacientes com MELD (18,4 ± 4,8) e BAR (7,1 ± 3,2) significativamente menor em comparação à alocação padrão (23,2 ± 7,9; 9,2 ± 4,2, respectivamente). O DRI foi significativamente maior (p = 0,001) na RA (1,58 ± 0,37). Idade (p = 0,23) e índice de massa corporal (p = 0,85) do doador, tempo de isquemia fria (CIT) (p = 0,10) não apresentaram diferenças entre os grupos. Órgãos de RA vieram mais frequentemente de fora do estado (50% vs. 2,62%) e menos captados pela equipe cirúrgica local (38,1% vs. 79,0%). Disfunção precoce do enxerto (EGD) em 16,67% (n = 7); 14,29% (n = 6) de não funcionamento primário no grupo RA, percentual maior do que no grupo de alocação padrão com 11,52% (n = 22) e 6,81% (n = 13) respectivamente; entretanto não houve diferença com significância estatística (p = 0,052). Não houve diferença na sobrevida em 90 dias (73,81% vs. 72,25%; p = 0,83). Conclusão: Uma estratégia mais frequentemente empregada em pacientes com condições menos graves de acordo com o escore BAR, os enxertos hepáticos em um sistema de alocação de resgate de RA tiveram escores DRI mais altos e não proporcionaram diferença na sobrevida em curto prazo.
Background: In the model for end-stage liver disease (MELD) system, the use of livers from rescue allocation (RA), those refused for the first five of the ranking, have conflicting results in the literature. Objective: Analysis of the characteristics of the different simulated patterns of allocation (pattern vs. rescue), using the donor risk index (DRI), the balance of risk score (BAR) and its impact on the graft function. Method: Cohort of 233 liver transplants in adults, performed between 2015 and 2022. Results: General characteristics, age 50.3 ± 11.8 years; 64.81% CHILD C; MELD in allocation 22.4 ± 7.6. Initial graft dysfunction in 12.45% and primary nonfunction (PNF) in 8.15%; with DRI 1.41 ± 0.32. Transplants in RA occurred in 18.03% (n = 42) of cases, in patients with significantly lower MELD (18.4 ± 4.8) and BAR (7.1 ± 3.2) compared to standard allocation (23.2 ± 7.9; 9.2 ± 4.2 respectively). The DRI was significantly higher (p = 0.001) in the RA (1.58 ± 0.37). Age (p = 0.23) and body mass index (p = 0.85) of the donor, cold ischemia time (CIT) (p = 0.10) showed no differences between the groups. RA organs came more often from out-of-state (50% vs. 2.62%) and less harvested by our surgical team (38.1% vs. 79.0%). Early graft dysfunction (EGD) in 16.67% (n = 7); 14.29% (n = 6) of primary nonfunctioning in the RA group, percentage higher than in the standard allocation group with 11.52% (n = 22) and 6.81% (n = 13) respectively; however, there was no difference with statistical significance (p = 0.052). There was no difference in survival (73.81% vs. 72.25%; p = 0.83). Conclusion: A strategy more frequently employed in patients with less severe conditions according to BAR score, liver grafts in a RA rescue allocation system had higher DRI scores and did not provide a difference in short-term survival.
ResumoObjetivo: Analisar a evolução de pacientes pediátricos avaliados para Transplante Hepático.Métodos: Foram revisados os prontuários das primeiras 65 crianças e adolescentes portadores de hepatopatias crônicas, com idades de 5 meses a 19 anos (x= 6,8 AbstractObjective: To analyze the evolution of pediatric patients chosen for hepatic transplantation.Methods: A review was made of the clinical charts of the first 65 children and adolescents with chronic liver disease, aged 5 months to 19 years (X = 6.8%), chosen for liver transplantation during the period of August 1994 to March 1996. Data refer to the patients' demographic characteristics, etiology of their liver disease, their psychosocial situation and of their parents, and their clinical and laboratorial evaluation. According to the severity of the disease, patients were classified as active (waiting for a donor), in evaluation, inactive (compensated liver disease), and excluded for psychosocial or medical conditions, or because of bad indication.Results: Eight patients (12%) received transplantation, and one of them died. Seven (11%) died when in evaluation or waiting for a donor. Ten patients (15%) were excluded from the waiting list: 6 for social problems, and 4 for medical problems. No patient was excluded for bad indication. Six patients are in the active list, waiting for donor. The other 23 patients (35%) are in evaluation, and 11 (17%) are classified as inactive in the waiting list.Conclusions: Eleven patients (17%) were not operated on due to the advanced stage of the liver disease. We emphasize the necessity of organ donation, and the early contact of the patients with a reference center.J. pediatr. (Rio J.). 1997; 73(2): 75-79: pediatric liver transplantation, chronic liver disease. IntroduçãoO transplante de fígado melhorou dramaticamente a taxa de sobrevida das crianças e adolescentes com doenças hepáticas terminais 1 . Pacientes que antigamente tinham prognóstico obrigatoriamente fatal hoje podem ser submetidos a um transplante hepático que apresenta 85 a 90% de sobrevida após 1 ano, na maior parte dos centros 1,2 .Os critérios de seleção dos candidatos ao transplante hepático determinam em grande parte as taxas de sucesso desse tratamento em um determinado centro 3 . A tarefa de definir quais pacientes vão necessitar e se beneficiar com um transplante e quando ele deve ser realizado não é simples e é o objetivo primeiro do processo de avaliação 1 .Concordamos com Whitington e Alonso 4 quando dizem que os fatores que indicam a necessidade de um
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