This article discusses police brutality from the point of view of those social groups that are most affected by it-poor workers, nonwhites, and in particular the residents of the suburb of Novos Alagados, one of the areas most lacking in urban infrastructure in Salvador, Brazil. Through 31 extensive interviews and direct observation, the authors discuss in great detail the various forms of violence experienced by residents, criminal infractors, and police. In a context of poverty, unemployment, and a critical deterioration of the informal mechanisms of social control, police procedures generate ambivalent reactions, which reflect the difficulty of the local population in taking a critical position to confront abuse. The residents condemn abuses by the police when they themselves are the victims, but they acceptsimilarpractices directed againstcriminal elements, and in this way they legitimize the brutality consequent to the operative model of policing.
Tendo seu objeto de estudo centrado nas relações do processo saúde-doen ça em populações humanas e sendo chamada para contribuir na reorgani zação das práticas sanitárias, a epidemiologia enfrenta questões teórico metodológicas cruciais. Um exemplo significativo desse tipo de questão é a utilização da análise epidemiológica para o entendimento das transformações ocorridas no processo saúde-doença dos países subdesen volvidos. A existência de um poderoso arsenal metodológico e técnico no âmbito da epidemiologia "clássica" nem sempre atende às necessidades de novos olhares que possam desvendar outras dimensões do fenômeno epidemiológico em sociedades que apresentam intensos processos de mudanças . : the course of morbidity and mortality ", 1990,p.l-26. in: What we /mow about health transition, op. cit.; JÓZAN P., "Some features of mortality in postwar Hungary: lhe third epidemiological transition", Cah. Socio.
Palavras-chave: violência por parceiro íntimo; danos faciais; vitimização; subjetividade. Introdução O artigo aborda experiências de vitimização feminina em relações conjugais violentas, estudando casos em que a violência física acarretou danos ao rosto da mulher agredida. Constituiu-se objetivo do trabalho desvelar os significados atribuídos pelas mulheres à violência vivida, bem como analisar as implicações da experiência vitimizadora à vida e à saúde das participantes, tanto as que concernem aos aspectos subjetivos, quanto outras, que envolvem o entorno de suas relações sociais. Neste sentido, a análise, fundamentada teoricamente nas Ciências Sociais, aborda as consequências dos eventos violentos às subjetividades envolvidas numa situação de trauma facial, decorrente das agressões intencionais entre parceiros íntimos.A violência de gênero contra a mulher tem sido reconhecida como problema de saúde pública, violação dos direitos humanos e, em muitos países, a exemplo do Brasil, como crime. Quanto ao locus de ocorrência, há uma convergência dos estudos nesta temática em apontar o domicílio como o ambiente onde mais acontecem as agressões e, como autor mais frequente, alguém que mantém ou manteve um relacionamento afetivo com a vítima, seja como marido, companheiro ou namorado (GARCIA-MORENO et al., 2006;HEISE;GARCIA-MORENO, 2002). Conquanto mulheres possam se constituir em ofensoras e a violência também ocorra em relações homoafetivas, este trabalho focaliza casos nos quais homens atuaram como agressores de suas parceiras.Outro consenso de muitas produções tem sido o de evidenciar os efeitos deletérios da violência à saúde das mulheres vitimizadas, seja esta violência física ou psicológica. Nos casos de violência física, a maior parte dos estudos se reporta à cabeça, notadamente, ao rosto feminino como parte do corpo mais atingida (SADDKI; SUHAIMI; DAUD, 2011;SCHRAIBER et al., 2002;LE et al., 2001). Embora esta preponderância esteja, epidemiologicamente, bem documentada em pesquisas nacionais e internacionais, na revisão bibliográfica que efetuamos, ainda no período pré-campo, não conseguimos identificar nenhum trabalho que buscasse depreender os sentidos atribuídos pelas mulheres às agressões que lhes atingiram a face. Dado o alto valor simbólico do rosto para a identidade pessoal e para a autoestima, sobretudo nas sociedades modernas que têm na aparência física e na estética corporal (feminina, primacialmente) alguns
O artigo discute a violência policial do ponto de vista dos segmentos sociais mais atingidos pela mesma, trabalhadores pobres, negro-mestiços e moradores de Novos Alagados, uma das áreas carentes da cidade de Salvador. Através de 31 entrevistas aprofundadas e uso de técnicas de observação direta, procurou-se reconstituir os tipos de violência protagonizados por moradores, delinqüentes e policiais. Num contexto de pobreza, desemprego e crise dos mecanismos informais de controle social, o aparelho policial gera reações ambivalentes que expressam a dificuldade de a população se posicionar diante de uma força que é vista como violenta e, ao mesmo tempo, protetora. Condenando os abusos policiais contra eles, mas defendendo-os contra indivíduos tidos como marginais, os moradores terminam por legitimar a brutalidade contida no modelo de policiamento.
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